28 de dezembro de 2011

Parkinsons levam Porto para 2012



Um concerto dos Parkinsons está marcado para dia 31 no Porto, na festa organizada a meias entre a Garagem e a Yellow-Stripe, que tem como casa o imponente, estimulante e bem sonoro Teatro Sá da da Bandeira. Afonso Pinto na voz, Vítor Torpedo na guitarra, Pedro Chau no baixo e agora Kaló, na bateria, alimentam esta furacão primitivo de rock'n'roll, de corpo cheio, suor imenso e loucura plena, que arrebatou Inglaterra quando emergiu no underground londrino. Depois de terem regressado com pujança máxima e o carisma de sempre aos palcos em 2011, fecham o ano com mais uma actuação a não perder, seguramente regada de todos os exageros possíveis. Em comum têm todos um passado nos Tédio Boys e uma destreza musical formidável que faz de qualquer um dos seus espectáculos um monumento ao melhor punk dos finais de setentas. A festa de ano novo no Sá da Bandeira terá diversos espectáculos e vários espaços envolvidos. A actuação dos Parkinsons acontecerá no Room 2, vulgo Estúdio Latino, seguidamente a concertos de outras bandas nacionais. EL Oscar e Kisto Kutabari são dj's de serviço dentro do punk/rock.
O Sá da Bandeira abre portas às 22h30 e encerra às 9 da manhã, garantindo diversão contagiante ao gosto do freguês. Os bilhetes têm custo por estes dias de 20 euros e no próprio dia sobem para 23 euros.

14 de dezembro de 2011

Grupaços galegos com novos trabalhos


Samesugas e Phantom Keys, dois dos grupos galegos mais bem sucedidos à sua maneira, estão de volta, em boa hora, às edições discográficas. Os primeiros com «They are Out There» certificam a sua pujança sonora, já patente nos singles apresentados nas redes sociais: Exploding Heart e o homónimo They are out There. O trajecto destes senhores de Compostela já não confere espaço para dúvidas e este disco confirma a coerência e fidelidade a um estilo que lhes valeu a conquista de fãs por toda a Espanha e mesmo em Portugal, onde actuaram diversas vezes. O punk/hardcore interpretado a toda a velocidade e no máximo volume é a expressão que une ALberte, Joaquin, Alex e Ramon, quatro amigos que abraçaram o projecto Samesugas há mais de 13 anos. Novamente debaixo do selo Lixo Urbano, o quarteto aspira levar o seu mais recente trabalho ao maior número de salas, estando na órbita um inevitável regresso a Portugal.
Relativamente a Phantom Keys resta aclamar e saudar o novo trabalho, um portento de garage rock bebido nos sessentas, devorando compilações como Pebbles, Back From the Grave, respirando a aura dos Pretty Things e dos Stones de 60'. De uma excelência europeia e já com difusão no Japão 'The Real Sounds of' é sem, ponta de dúvida, o ponto de maturidade de um grupo que amadureceu depressa fiel ao seu estilo e às suas ideias, reforçando o seu espírito punk. O disco já tem distribuição por Alemanha e Holanda também, sendo amplamente aguardado em Espanha, onde a banda tem apreciadores espalhados por todo lado, devido ao seu vibrante teenbeat, somado a um estilo e elegância desde sempre afirmados. Esta a composição de um album disponível para audição no site da banda: http://thephantomkeys.bandcamp.com/

1. I´m still a mess 02:27
2. Twisted neck 02:12
3. Even if i try 03:20
4. Evil Eye 02:30
5. My last mistake 03:03
6. The drunk chicken walk 01:52
7. Corn Likker 01:50
8. Don't tell me lies 02:44
9. Land (o) Beat 02:33
10. It's better girl 03:28
11. Poor boy 03:14
12. I was true (but I won't be more) 03:00

Thee Chargers já com disco


Uma dádiva de natal para os fãs, Os Thee Chargers com Oscar Gomes (guitarra), Nuno Gomes (bateria), Filipe Leite (guitarra) e Nuno Silva (baixo) e também Pedro Serra, convidado na voz em Sinner Not a Saint, têm já disponível o seu primeiro avanço discográfico, preenchido com três temas, primeiro deles já com direito vistoso a um vídeo: 1)Sinner not a Saint, 2)Rough Diamond, 3) Take it Off. A primeira é uma versão de Trini Lopez, enquanto a terceira é uma versão de Genteels. A banda concretiza um passo há muito ambicionado e que promete um 2012 ainda mais carregado de concertos, onde fazem realmente valer a sua destreza de músicos sintonizados com a corrente surf e garajeira. Quem quiser comprar faça favor de procurar chegar a contacto com os elementos da banda portuense, especialmente nas suas actuações. O cd fica ao preço de 3 euros mas há pacote de cd+t-shirt a 15.

13 de dezembro de 2011

Dennis Hopper para ver em Guimarães


O arrojo fotográfico de Dennis Hopper, excepcionalmente desenvolvido na década de 60, está patente ao público numa deveras apreciável exposição no Forum da Fnac Guimarães, que resulta de uma parceria com a Taschen, editora responsável pela compilação em livro do trabalho do carismático e genial actor por detrás da objectiva - Dennis Hopper Photographs 1961-1967. Alguns dos retratos mais famosos do multifacetado artista, brilhante actor, realizador, fotógrafo, pintor, escultor e poeta podem ser admirados até 19 de Janeiro, primeiro como extensão da sua própria vida cinematográfica, homenageando ícones como Paul Newman, Jane Fonda, Elizabeth Taylor, Natalie Wood ou James Dean com quem contracenou na sua estreia em 'Rebel Without a Cause', depois como explicação do seu raio artístico, na comunhão de vivências com Andy Warhol, ou também com inegável intervenção na sociedade, captando a história ou parte dela, como o comprova o fulminante olhar aos discursos de Martin Luther King. Para lá de tudo isto e fazendo uso permanente da sua máquina como instrumento de arte não deixou escapar a agitação das auto-estradas de Los Angeles e das ruas de Nova Iorque. Uma visão com amplitude e técnica muito própria.
Esta exposição foi pensada para render mais um tributo a Dennis Hopper, tristemente falecido o ano passado. Será para sempre lembrado pelo seu denso envolvimento nessa obra prima Easy Rider bem como um rosto incontornável da contracultura. Entre muitos impactantes desempenhos destacam-se os Apocalypse Now ou, o mais exuberante, de Frank Booth em Blue Velvet. Um dos magníficos de Hollywood.

7 de dezembro de 2011

Purple Weekend dos Buzzcocks e da revelação Frowning Clouds

















O Purple Weekend tributa o esplendor dos sixties e faz literalmente recuar no tempo cada um dos seus apaixonados, entretendo e viciando em cada detalhe, arrastando consigo a expressão de uma época disseminada numa colecção de imagens irresistíveis. O calor musical contrasta com o frio que domina Leon, nada melindra a reputação de um festival consagrado em 24 anos de vida, que conhecerá pela vitalidade demonstrada este ano o 25º aniversário em 2012. De grupos promissores a outros graúdos e cimeiros cozinhou-se um bolo delicioso e bem recheado. Buzzcocks com a força dos seus hits e a proeminência na cena punk, foram alavanca para uma edição absolutamente esmagadora, vitaminada por bandas variadas e realmente valiosas, público vasto e comprometido e acertadas propostas complementares, isto já para não falar da própria aragem de uma cidade monumental, artisticamente crescida e atrevida, gastronomicamente suculenta na imensidão de cafés, bares e restaurantes que emergem no seu movimentado Bairro Húmedo, dentro de Leon Gotico, retratado na sua brutal catedral e na intervenção do mestre Gaudí. Ainda para mais decorria a Feira das Tapas...
Impressionante a fresca regeneração do Purple Weekend em 2012, sofisticado, escaldante e sedutor, abraçando o seu público com propostas insuperáveis. Foram os Buzzcocks a garantir uma enchente na última noite, os Frowning Clouds a escreverem uma nova era no garage ou os Masonics a plantarem em palco uma atitude de excelência, de vigor e de punk rock acertado em cada impulso, olhar, acorde. Outros históricos como Barracudas, Lambrettas ou Roy Ellis, este acompanhado dos galegos Transilvanians, ajudaram a multicolorir e animar o ambiente.
Perfeitamente enquadrados no habital do Purple, os austríacos The Jaybirds, autênticos senhores, encarnaram a difícil sucessão em palco dos australianos Frownind Clouds, meninos que dificilmente passam os 20 anos. A competência e estética dos primeiros, mergulhados na onda freakbeat, levando a bom porto igualmente um fluido rhythm & blues, foram ao encontro da aura do festival, mas o impacto constatado na actuação dos segundos foi marca e perfume desta edição.


O grupo de Melbourne encadeou os seus temas com uma energia contagiante num frenesim garage digno das melhores comparações com pérolas das compilações Pebbles e Back from the Grave. Dotados e talhados para cintilarem a sua estrela durante anos a fio, eles conjugam autenticidade, simplicidade e pleno divertimento no palco, munidos de um som desbravado e esmiuçado nos sessentas e toda uma excelência vintage ao nível dos instrumentos, de fazer inveja. A Leon, encerrando a sua estreia europeia, vieram apresentar o single 'All Night Long', um estrondo de canção, que gruda no ouvido e arrebata ao primeiro contacto, que sucede ao album 'Listen Closelier'. Agarraram facilmente a plateia e ainda viram o retorno na compra de inúmeros discos, que desfilavam por todo pavilhão como relíquia para toda a vida.


As emoções cresceram na segunda noite, que até tinha cartaz, à priori, menos flamejante. Na primeira ainda houve o encanto de ver em palco o histórico Roy Ellis, cheio de diabruras, bailes, espargatas e cambalhotas falhadas, emprestando energia, humor e estilo a uma actuação assinalada com alguns dos seus temas emblemáticos. Fecharam os Barracudas, acompanhados de Chris Wilson (Flamin Groovies) na guitarra, pesos pesados que eclodiram no final dos setentas, conciliando e estimulando a ligação garage/rock e punk/surf. 'I Want my Woody Back' ou o contraditório (nesta altura do ano) 'Summer Fun' entre outros temas com chamariz, fizeram o público dançar, cantar e entrar em êxtase.
Para além dos concertos mais desejados guardados para o Pavilhão CHF, o Purple Weekend tem a vantagem de manter o festivaleiro entretido praticamente todo o dia, levando concertos ao Gran Cafe (15 horas), seguidos de imperdíveis Alldayer's, capazes de gerar danças frenéticas, ao som de alguns dos melhores dj's e coleccionadores de soul, beat, psych ou garage de Espanha. Por lá passaram bandas como Go Freaks ou Extended Plays.


No pós Gran Café, o centro de acção desviava-se para o Espaço Vias, equipado este ano com o mercadinho oficial do Purple, com evidência para compras de vinil, roupa e acessórios vários enquadrados na cultura do evento. Em termos de concertos destacaram-se os sempre imparáveis Imperial Surfers, e também os Groovy Uncle e os Wicked Whispers. Estes últimos, ingleses, invocaram um som mais psicadélico e acabaram por ser amplamente gabados pela estética elegante que trouxeram ao Purple Weekend. Terá sido, aliás, o melhor aquecimento para o fechar de actos no Pavilhão CHF, entre outras opções como as passagens pelo Gran Cafe ou Planeta Mongogo, que continua a ser referência para o ponto de encontro de gente da Galiza, mormente Ourense, Madrid, Leon, Astúrias, Barcelona, Valência e afins. Uma verdadeira casa de rock'n 'roll temperada com cozinha mexicana e um sabor picante inigualável e infindável.



Depois das nove da noite, os Masonics tomaram as rédeas e num ápice venceram a indiferença com um repertório garage beat vertiginoso e altamente primitivo, com raiva e estilo de mãos dadas, qualidade apurada na destreza de três músicos provenientes de projectos categorizados como Milkshakes, Headcoats, Kaisers ou Delmonas: Mick Hampshire, na voz, Bruce Brand e John Gibbs na secção rítmica.
Seguiu-se o culto mod alimentado pelos The Lambrettas, algo desgastados, ultrapassados mas, mesmo assim, deixando eufóricos alguns dos seus fãs mais fanáticos. E para encerrar o Purple Weekend 2011 uma das bandas com mais peso na história da música, mormente na definição do punk emergido em Inglaterra na mesma remessa de Clash, Pistols ou Damned. Os Buzzcocks com os originais Pete Shelley e Steve Diggle em dois acordes desde logo promoveram o caos na linha da frente. A carreira seminal desta banda coloca-a em lugar cimeiro e extremamente influente pela pujança do ritmo aliado a umas melodias que deixaram marca registada em temas como 'Ever Fallen in Love', 'Breakout', 'Harmony in My Head', 'What do I Get', 'Promises' ou 'Orgasm Addict'. Entre os saltos de Diggle e o profissionalismo de Shelley e a loucura da assistência, a banda de Bolton arrasou e ofereceu um estado de graça ao festival.


Não podia ser melhor lançada a terceira e última noite de dj's na discoteca Oh Leon!. Uma pista em pura fantasia e delírio, gritando e dançando com elegância e charme, sentindo e desfrutando do freakbeat ao psych, do soul ao rhythm & blues, além da emoção e entrega justificadas por descargas mais garageiras. Pena foi que ao contrário de outros anos não estivessem em permanente funcionamento as duas pistas que cabem no espaço. A festa ficou sempre concentrada no andar de baixo e poucos se atreveram a arredar pé da pista (só mesmo para fumar no exterior). Cumplicidade brutal, penteados cuidados, colorido abrasivo no vestuário à moda do espírito dos sessentas numa alegria de símbolos estéticos de uma época muita saudada e dominante na mente de todos que ajudaram a tornar ainda mais forte este Purple Weekend, marcado por uma extraordinária afluência, cifrada pelo concelho de Leon em mais de 12 mil espectadores.


















Fotos de Felipe Hernandez (1- Buzzcocks; 2- Frowning Clouds; 3-Roy Ellis; 4-Imperial Surfers; 5-Barracudas)
Reportagem de Pedro Cadima

6 de dezembro de 2011

Mean Devils tocam no Porto


Das suas actuações inflamadas se contam muitas histórias e se projectam imensas expectativas. Os Mean Devils são a força bruta do rockabilly nacional, que os tem feito voar além fronteiras, conquistando público por todo o mundo, especialmente em mercados como o francês, belga, alemão ou norte-americano. Nascidos na Invicta, espalhados por diferentes cantos, embrulhados em distintos projectos, eles reúnem-se esta sexta-feira, dia 9, para uma actuação no Armazém do Chá. Com Pedro Serra, Oscar Gomes, Nuno Gomes, Frank Abed a festa faz-se ao som de clássicos e de originais, num ritmo selvagem que não deixa espaço a comportamentos comedidos. Conceituados por presenças nos melhores festivais, têm o porte e aura de monstros sagrados do rockabilly da última década. Oscar Gomes e Ignition são os dj's mais apropriados para manterem alta a voltagem da noite

2 de dezembro de 2011

Kid Congo & Pink Monkey Birds no Armazém do Chá


Kid Congo pode ser descrito como um génio e uma lenda, mas mais que tudo para satisfação do próprio uma verdadeira instituição do rock'n'roll pelo seu passado partilhado no seio de bandas como Gun Club, Cramps ou Nick Cave & The Bad Seeds. O guitarrista lidera desde há alguns anos um novo projecto acompanhado dos Pink Monkey Birds e é com eles que faz data única em Portugal, no Porto, no próximo dia 16 de Dezembro, no Armazém do Chá. Uma ocasião única, verdadeiramente tocante, para ver de perto quem já brilhou lado a lado de Jeffrey Lee Pierce, com quem fundou os Gun Club ou Lux Interior, responsável pelo seu nome artístico. Sempre com os melhores e com uma guitarra demolidora, Kid Congo respira música na sua expressão mais livre, excêntrica, ousada e contagiante, integrando uma lista de figuras incontornáveis do rock'n'roll, pelo seu raio de influência ao longo dos anos. Basta atentar na sua participação em dois álbuns memoráveis de Cramps: Psychadelic Jungle e Smell of Female. Méritos de outras andanças à parte, Kid Congo mantém a vitalidade e o rasgo artístico, chegando a Portugal para apresentar Gorilla Rose, sucessor de Dracula Boots, digno da versatilidade do artista, fazendo situar o álbum em territórios que vão do surf ao punk, sem perder fulgor e interesse, além de gritos, gemidos, falas que emergem no imaginário do músico, sempre e, mais importante, com um toque fresco e sugestivo.
A noite encerra com mais um Club Garage, que só tem o objectivo de proclamar a sua admiração pelo trajecto de Kid Congo, tendo forçosamente que manter alto o calor na pista, deambulando a três num caos imenso, de deboche, subversivo quanto possível, como vai nos genes de quem pensa, executa e se desgraça.

17 de novembro de 2011

Buzzcocks fazem acreditar num memorável Purple Weekend



Festival de afinidades, de estilo, o Purple Weekend regressa em 2011 com mais força, mais sentido eclético e apostas seguras que adivinham êxtase ao longo de três dias, repletos de concertos, dj's e variadas atracções. Os Buzzcocks encabeçam uma leque de estrelas que dispensam apresentações. O grupo inglês liderado por Pete Shelley cai dos céus para fazer as delícias de uma enorme legião de fãs, ávida de os ver, pronto a disparar todos os sucessos que fizeram parte de 'Singles Going Steady', tais como Orgasm Addict, Ever Fallen in Love, Promises, What do I Get ou Harmony in my Head. Do alto da sua imponência na época, os Buzzcocks agitam vozes e são um convite descarado a muita gente fazer-se à estrada, na direcção de Leon, a cidade perfeita de um festival consolidado, ano após ano reafirmativo da cultura mod, da elegância e do ouvido privilegiado. Depois de dificuldades em anos anteriores, o Purple Weekend 2011 (23ª edição) grita a sua vitalidade com um cartaz feroz, aberto a diferentes públicos. Por isso juntam-se outros históricos do surf/garage como os Barrucadas, da cena mod como os Lambrettas ou do ska como Roy Ellis, acompanhado dos galegos Transilvanians. E para aquele que constitui receita habitual do festival, marcam presença bandas de qualidade indiscutível como os austríacos Jaybirds, os franceses Les Terribles, os australianos Frowning Clouds, os ingleses Masonics, ou os espanhóis Imperial Surfers ou Al Supersonic & the Teenagers. O festival volta a espalhar-se pelos locais do costume, desde os espectáculos gratuitos no ferveroso Gran Café, aos realizados no Espaço Vias pela tarde, ao grosso do conteúdo no Pavilhão do CHF no Passeio do Parque, terminando com festas palpitantes na discoteca Oh Leon e a inevitável permissão para todos os excessos. O ingresso para a totalidade dos concertos custa 60 euros, por noite 25. A cidade junta a sua elegância e categoria de bem receber, de apurado gosto e cultura musical e uma parafernália de propostas apelativas pela tarde e noite, sendo obrigatório destacar o ambiente no Mongogo, um império da comida mexicana, das tequilas e das coronas mas igualmente do rockabilly e do psychobilly, sendo possível escutar de Johny Cash a Cramps. Mais perto da catedral também é possível encontrar o Portobello, acolhedor e destinado a todo aquele que preze minutos e horas de requintada selecção musical.

December 3rd. The Go Freaks + Alldayer, The Canary Sect, Les Terribles, Al Supersonic & The Teenagers, Roy Ellis & The Transilvanias, The Barracudas.

December 4th. Mod Time, Alldayer, The Imperial Surfers, The Groovy Unclye, Idealipsticks, The Frowning Clouds, The Jaybirds.

December 5th. Swanp Cabbage, The Extended Plays, Gaby Salvajes + Los Platillos Volantes, The Wicked Whispers, The Masonics, The Lambrettas, The Buzzcocks.

16 de novembro de 2011

Armazém do Chá agita-se para Eviltones e The Gravemen

O Armazém do Chá não podia apresentar fim-de-semana mais sugestivo, enchendo-se de brilho e diversão para receber os ingleses Eviltones, na sexta, e os suecos The Gravemen, no sábado, bandas com sonoridade garage e um apego descarado ao sinistro, ao horror trash. Podia ser um festival, mas não é, as datas são independentes e só comprovam a categoria da programação regularmente exibida. Em digressão por Portugal, os Thee Eviltones surgem no Porto com 'In the Shadows of the Beast' e um combinado verdadeiramente explosivo de punk, fuzz e surf rock, à moda dos sessentas, enraivecido, diabolizante, proclamando mil e uma histórias de terror em ritmo vertiginoso e toque assustador. EL Cisco Loco chega de Coimbra para inquietar mentes mais desassossegadas e espremer as mais malignas e perversas.
Para quem vem de fora e gosta de acrescentar boas doses de rock'n'roll a passeios turísticos, obrigatório será assistir à jornada de sábado com a entrada em cena pela primeira vez em Portugal dos suecos de The Gravemen, um duo de bateria e guitarra e muita indumentária relacionada com o gore, espalhando pesadelos e levantando tormentas. Aclamados no Funtastic Dracula Festival, em Benidorm, e no Dirty Water Festival, em Londres, possuídos pela imaginação e improvisação, os The Gravemen não podem ser descritos na base de rótulos, eles conjugam rockabilly, garage e punk pelo que fazem lembrar no seu som figuras lendárias que vão de Hasil Adkins a Bo Diddley, passando por Screaming Lord Sutch. DJ A Boy Named Sue dará corpo ao festim pela noite fora, imprimindo ritmo e caos, apelando à invasão zombie na pista do Armazém do Chá.


O rock'n'roll volta com carga poderosa ao Armazém do Chá para um fim-de-semana

19 de setembro de 2011

Riba Café e uma festa para recordar esta sexta



Uma comunhão de vontades, uma convergência de paixões musicais. O Rock in Riba, concurso de bandas que se realiza no Riba Kaffe, em Ribeirão, vai ter sexta-feira um encontro de almas irmãs em festivais, em copofonia e loucura destravada. Tudo isto após o ritmo de quatro bandas em cartaz, em mais uma eliminatória de um concurso inédito, iniciado no último fim-de-semana e que encerra actos 1 de Outubro. Organiza o mítico Katana Club.

Ficam as promessas de Vinny Jones, integrante do Club Garage, e Angelo Vicente Jr, um afamado diabo de Espinho

«Garage alucinado, envolto em delírios vários e numa paixão destravada pelo ruído...
A acelerar pelos sessentas, revivendo o êxtase assombroso da época e convocando baile frenético. Uma volta ao mundo com fuzz, boogaloo, ryhthm & blues, hammond grooves, pulando entre atmosferas exóticas e ambientes cavernosos»

«selecção sonora que vai do tudo até ao e mais alguma coisa»

11 de agosto de 2011

Rodas e A Boy Named Sue no Armazém do Chá


Este sábado, dia 13 Agosto, o Armazém do Chá regista data conjunta de Rodas com A Boy Named Sue, num desfile certo de temas de eleição, cruzados entre interesses diversos de ambos. Certezas auditivas que passam pela escuta do melhor soul, blues, garage e punk, do mais antigo ao actual. Um encontro que deixa água na boca e palpitante expectativa, de quem goza cada segundo de desvario impulsionado pelo vício musical.

Black Diamond Heavies em Monção


Os Black Diamond Heavies estão de regresso a Portugal com o seu inflamado e expansivo blues rock, que já fez as delícias do público português em anteriores passagens. Além da ida a Leiria, o duo norte-americano irá marcar presença em Monção no Segude Music Festival, que decorre este fim-de-semana, 12 e 13 Agosto, na Praia Fluvial Senhor do Rio. Os Black Diamond Heavies, que já estiveram no festival de Blues de Coimbra e numa data marcada pela Cooperativa dos Otários no portuense Porto-Rio, tocam no primeiro dia.

1 de agosto de 2011

King Khan & Shrines no requinte do Euro Yeye


Mais uma edição do Euro Yeye está a chegar, espalhando charme e classe na bela e aprazível cidade de Gijón. No esplendor das Astúrias, o soul e o mod confluem para quatro noites memoráveis de concertos. Entre 4 e 7 de Julho, a discoteca Oasis vai acolher as principais actuações, com destaque para o rock psicadélico dos sessenta dos incontornáveis July, o soul intenso e envolvente de Maxime Brown e o imparável toque r&b de King Khan & the Shrines. O bilhete para o festival tem o preço de 75 euros, sendo 20 euros por noite, havendo muitos outros extras para desfrutar, tais como Allnighters com 14 dj's internacionais, concentração de scooters e exibição de filmes de culto dos sessentas.
O desfile de bandas começa esta quinta-feira com os ingleses July e The Bongolian. Os primeiros são históricos do rock psicadélico, novamente reunidos para fazerem reviver o sucesso das suas músicas. Na sexta-feira, a diva norte-americana Maxime Brown enche o cartaz, levando a Gijón todo o seu encanto por detrás de uma das mais poderosas vozes do soul. Os espanhóis Pepper Pots somam-se no menu. The Faithkeepers e The Higher State são as bandas alinhadas para actuar no sábado, no dia menos entusiasmante. Já o domingo esse suscita toda a atenção com a visita de King Khan & the Shrines, todo um furacão de soul e rhtyhm & blues, que desafia o espectador a uma curtição sem limites.

18 de julho de 2011

Milhões de Festa leva Liars e Bob Log III a Barcelos


Barcelos canta de galo e o povo empolga-se e embrenha-se com aquilo que é um permanente desejo de afirmação. Loucura arrebatadora, explosão sonora, doçura vespertina potenciada por uma acolhedora piscina...eis créditos de um Milhões de Festa que se declara firme e vibrante na sua relação com o público. A segunda edição está no forno e pronta a escaldar ao primeiro contacto com a luz do dia. De 22 a 24 de Julho as estradas do norte vão, garantidamente, entupir-se de tráfego, na excitante correria pela primeiríssima actuação do dia. Gente do Porto, Lisboa e Coimbra, Galiza já marcou a sua viagem, traçou a sua agenda, como que abraçando um causa maior, a roçar a apaixonante. O chamamento dos festivais do Verão deixou de ser exclusivo de Paredes de Coura, Zambujeira ou Vilar de Mouros, morando em Barcelos, um bastião do Minho, um centro de apurada e generosa gastronomia, aquele que mais se eleva na imensidão do futuro. O renovado e exuberante Parque Fluvial mesmo debaixo da ponte velha que separa Barcelos de Barcelinhos, caiu que nem gingas nesta organização saída em grande parte do corpo já estafado mas altamente calejado dessa produtora/editora Lovers & Lollypops. A voz de comando está no ponto e o festim pronto a ser servido...com bandas de topo como Liars, alucinantes condutores de ruído bárbaro, os Radio Moscow, consagrados na cena blues rock e espectacularmente dinâmicos em formato trio, as Electrelane, decididamente convidadas para dar um toque sedutor, romântico e harmonioso ao festival, ou ainda os Anti-Pop Consortium, lendas do hip-hop e reconhecidos por uma capacidade genuína de se reiventarem e embelezarem a construção das músicas com um jogo de rimas e poesia muito característico. O rock'n'roll na sua expressão mais primitiva fica a cargo do grandioso Bob Log III, senhor deboche em registo One Man Band, que com uma guitarra, uma bateria, um whisky em mãos e um menina mamalhuda ao colo, faz durar a adrenalina e espremer o líbido. Para ver e degustar sábado...a partir das 2, de preferência na companhia de um Jameson ou um Jack Daniels.


Apanágio da Lovers & Lollypops e recurso inevitável pelo vigor barcelense no que toca à formação de bandas, a representação da cidade vai-se fazer com nomes como Glockenwise, Black Bombaim ou Kakfa, ao que se soma um regresso dos Green Machine.
O cartaz está espalhado por três palcos (Milhões, Vice e L&L) acrescentando-se programação específica e bem atractiva de tarde na piscina municipal. São muitas as bandas portuguesas convocadas: Motornoise, Born a Lion, Mr Miyagi, Larkin, Hill, Long Way to Alaska, Veados com Fome, Botswana, Lobster, Riding Panico ou If Lucy Fell. Basta atentar no line up no próprio site: http://www.milhoesdefesta.com/lineup . Lá também se encontra o nome de Rodas, figura catedrática do Porto no que toca a passar música, em onda punk ou garage.
Dissecados os maiores pontos de interesse, fica a informação dos preços, dolorosos para uns, amigos para outros...Um fim-de-semana integral em festa vale 60 euros, comprado fora do período de venda antecipada...Por dia eram 20...agora são 25. Mas fica a certeza que o cartaz merece atenção.

17 de junho de 2011

Rock Rola em Barcelos em formato papel


Ao fim de cinco anos com edição online, o Rock Rola em Barcelos deu esta semana passo bem meritório e altamente valorativo do trabalho efectuado por Ílídio Marques e sua equipa. Agora, em formato papel, em registo trimestral, o Rock Rola em Barcelos passa a ser um suplemento do Jornal de Barcelos, tendo saído esta semana o primeiro número com entrevistas a Green Machine, Kakfa, Dear Telephone e Glockenwise. O lançamento surgiu em cima do festival GSM Fest, tendo havido ampla difusão do excelente magazine no dia inaugural, abrilhantado por mais uma actuação enérgica e explosiva dos Parkinsons.

15 de junho de 2011

Tornados + Dj Ignition no Armazém do Chá


Esta sexta-feira, os autores de Catraia voltam a tocar no Porto, fazendo chegar o seu som moderno de surf ao Armazém do Chá. Os Tornados, antigo Conjunto Contrabando, prosseguem de vento em popa o seu trajecto, conquistando fãs e território. Trajados com elegância dos cinquentas, eles são uma lufada de ar fresco no espectro musical português, combinando com mestria a doçura tradicional expressa nas letras em português e os arranjos surf. Este concerto insere-se na apresentação do EP Dinamite, que será disponibilizado no local em formato vinil. A noite seguirá com DJ Ignition na cabine, alimentando a pista do melhor rockabilly, dos loucos anos 50 até à actualidade.

9 de junho de 2011

Rock en Costa com Samesugas e Thee Homens no último acto


O Rock en Costa celebra dez anos e marca a data histórica com a despedida. Após labor de muitos anos em prol dos grupos galegos, dando espaço importante para muitos se mostrarem, a Associação Xurásica, sedeada no Castineirino, decidiu abrir mão da sua maior realização, ao que não são alheias outras prioridades. Mas a edição de encerramento junta no mesmo cartaz aquelas que são as bandas rainhas do festival, como os Samesugas e os Thee Homens, que continuam o seu trajecto de muitos anos no punk e no power pop respectivamente. Juntam-se ainda os Royalties, os Redullos e os L'Uomo di Gomma. O acesso aos concertos é gratuito. Uma boa oportunidade para dar um salto a Santiago de Compostela.

8 de junho de 2011

Parkinsons imparáveis em Londres


Coração musical da Europa, cidade efervescente e imparável em propostas, Londres foi uma experiência e tanto, com picos de intensidade e euforia de todo incomuns. A realização do segundo Dirty Water Festival resgatava atenções globais e colocava
ênfase no regresso aos palcos dos portugueses Parkinsons, que fizeram carreira altamente vigorosa e explosiva na capital inglesa. Sabedores da audiência feroz e fanática alinhada no Boston Arms, os Parkinsons de Afonso Pinto, Vítor Torpedo e Pedro Chau, revisitaram o seu repertório punk à moda de 77, encarnado em palco por uma atitude selvagem e frenética, que levantou aos primeiros acordes o absoluto caos numa sala clássica com capacidade para trezentas pessoas. O concerto dos portugueses foi simplesmente o derradeiro, o mais esperado e inflamado, de um dia recheado de actuações, boas quase sempre, ora fantasiosas ora mais debochadas. Ao som de Hate Machine, New Wave, Streets of London, Angel in the Dark ou Nothin to Lose, o delírio tomou conta do espectáculo de Parkinsons, sempre iguais a si mesmo, espremendo cada segundo do show com uma entrega arrebatadora, os decibéis subiram a níveis pouco habituais e o caldo de emoções disparou na linha da frente. Num desvario completo não houve contenção possível e todos fizeram balancear os corpos até que surgisse alguma barreira, gritando as letras da banda num registo absolutamente comprometido, consumindo energias até ao tutano. No meio da dedicação, pois claro está, houve muita tareia, muita nódoa negra e muito salto com aterragem directa ao solo. E o maior de todos os protagonistas, vindo de Andorra, desfilou pelo palco nu, alinhando nos coros e pulando para o meio da multidão. Foi o Kunha mais exposto e entregue que nunca. Foi uma festa farta em Londres vista por muitos portugueses e espanhóis e também por um alargado contingente vindo da Noruega.
Ao longo do dia/noite exibiram-se no Boston Arms outros grupos com selo de qualidade, casos concretos dos Revellions, Thanes ou Gravemen, estes reforçados com go-go dancers nórdicas, e ainda os Thee Exciters, num registo mais descontraído e debochado, por culpa descarada do seu vocalista, que se lançou pelo público colorindo caras e desafiando preconceitos com um baton garrido.
Se os Parkinsons motivaram a ida de muitos a Londres, a capital inglesa encheu o apetite com outras propostas irrecusáveis. Na primeira noite deparou-se-nos logo mais uma escaldante sessão das noites Neat Neat Neat no Garage, organizadas por Afonso Pinto. A punkalhada foi dominante e servida pelos locais The Ricky C Quartet e os Seminals. A assistência portuguesa esteve perto de ser maioritária, resquícios óbvios do culto que merecem os Parkinsons em Inglaterra, onde se formaram e onde se mostraram ao mundo.

Em ressaca do longo Dirty Water Festival foi-nos apresentado mais um festival no histórico Ryans, localizado em Church Street. Uma rua de topo, de ambiente relaxado e construções coerentes, em perfeita sintonia com um espaço de qualidade exemplar, munido de uma cave para concertos e uma esplanada ampla e vistosa. Pela tarde e noite desfilaram várias bandas e entre boas surpresas ficou na retina a actuação vibrante dos italianos Hangee V. Do garage ao punk passando por um cabaret manhoso, tratou-se de um combinado variado de estilos, comportamentos exaltados, que fecharam com chave de ouro um fim-de-semana de eleição.

18 de maio de 2011

MÓNICA


Uma amiga especial, uma pessoa adorável, era fácil tão fácil gostar de ti. Mónica escolheste o teu caminho mas deixas um vazio grande com esta tua partida tão repentina e devastadora. Levarei sempre a grande amargura de não ter conhecido melhor, especialmente para lá dos muitos e bons convivios da noite, que tão bem ilustravam a tua ternura, simpatia e trato luminoso. Eras uma estrela que brilhava em cada sorriso, em cada gesto, em cada palavra...eras também uma dj espectacular e foi nessa qualidade que te conheci e que neste blog repetidas vezes inscrevi o teu nome artístico. A nossa Mónica que também era para muitos Le Chat Noir ou Tempest Storm, seja feita justiça à ditadura da era facebook que nos multiplica os nomes até paragens distantes, vai continuar a acompanhar-nos com aquele seu olhar belo e penetrante. A crueldade desta tua partida, só pela perda da tua companhia, não será esquecida, serás por mim lembrada e por tantos quantos eu sei que te eram chegados na imensidão de cada dia, em cada despertar, em cada noite.
A Mónica absolutamente divinal, amiga insubstituível, alma cheia de carinho para dar, simpatia espalhar, a Mónica devoradora de música, a Mónica protectora dos animais, a Mónica das nossas vidas, a Mónica que conheci praticamente há 3 anos mas a Mónica que me encheu as medidas em cada instante de proximidade e afecto. Uma perda irreparável...sem paralelo. Descansa na paz que escolheste para acabar com as tuas angústias. Um até já cheio de lindas memórias e com uma música que me confessaste ser das tuas preferidas...Tão genuína e arrebatadora que eras.

14 de maio de 2011

Quarteira Rock Fest com Staggers e Fleshtones


Um grande cartaz faz deste Quarteira Rock Fest - 3 e 4 de Junho - o melhor de sempre, altamente potenciado por bandas icónicas e carismáticas e dj's catedráticos. Com um warm-up de luxo a cargo dos The Parkinsons, acompanhados pelos Sonic Reverends, a festa tem logo um arranque previsivelmente explosivo, ao som do punk rock aceleradíssimo dos portugueses (Afonso Pinto, Vitor Torpedo e Pedro Chau), que conquistaram Londres e toda a Inglaterra num curto espaço de tempo. O warm-up será feito no Bafo do Baco em Loulé ao preço de 8 euros. Mas os olhares estão realmente centrados no dia grande, e com muita propriedade, pela qualidade assegurada por bandas como os norte-americanos Fleshtones, de Peter Zaremba, reconhecidos por uma história ímpar e espectáculos grandiosos, suportados em temas que são convite fácil à exaltação. Figuras maiores da noite prometem ser também os austríacos Incredible Staggers, bastiões do melhor garage actual, vibrantes e viciantes. Liderados por um possuído Wild Evel na voz, dominados pelo furioso teclado de Lightnin Iris e trajados com a elegância suprema dos sessentas, os Staggers regressam a Portugal depois de um memorável show no Porto-Rio, desta feita em promoção o novo trabalho 'Zombies of Love'. A representação latina será bem defendida com os mexicanos Los Explosivos, já habituais por Portugal. Já o Algarve empresta à programação os Supraheat Surrenders. O preço para 4 de Junho é de 10 euros e o palco será montado no Calçadão Nascente da Quarteira.

12 de maio de 2011

Reunião dos Parkinsons começa em Londres


Pelo segundo ano consecutivo, Londres vai sentir calor humano desencadeado pelo Dirty Water Records One-Day Garage Rock Festival, que levará oito concertos ao Boston Arms. A grande atracção vai direitinha para a reunião dos portugueses Parkinsons, que vão primeiro tocar em Inglaterra antes de virem a Portugal, especialmente para uma actuação no Quarteira Rock Fest. A história dos Parkinsons cruza-se em vários capítulos com Londres, foi lá que se formaram, após terem feito da mesma geração punk de Coimbra. E neste mesmo local onde agora vão tocar, fizeram miséria em 2006, num evento em que tocaram ao lado dos Monks e dos Fleshtones e, em que pelos vistos, provocaram tremenda queda de energia ao rebentarem com um amplificador. Conta-se por ai que o município já estará a reunir esforços para aumentar a fiabilidade da rede eléctrica. O restante cartaz completa-se com bandas editadas pela Dirty Water, mormente britânicas e que são garantia de espectacularidade. Lugar ao punk garage, rhythm & blues e rockabilly...

13:00 DJ Wheelie Bag (not this planet)
...16:00 Brandy Row (England)
17:00 The Kits (Australia)
18:00 Thee Exciters (Southhampton)
19:00 The Revellions (Ireland)
20:00 The Thanes (Scotland)
21:00 Thee Gravemen (Sweden)
22:00 The Wildebeests (Scotland)
23:00 The Parkinsons (Portugal)

3 de maio de 2011

Russos Messer Chups de regresso ao Porto


Os Messer Chups estão de volta a Portugal e pela terceira vez vão actuar no Armazém do Chá, carregados de encantos, de arte visual e ousadia instrumental, como se atesta pelo exímio recurso ao theremin, além de sintetizadores antigos soviéticos. Este trio surf, oriundo de St. Petesburgo (Rússia), liderado por Oleg Gigarkin (guitarra) e pela belíssima Svetlana Zombierella (baixo), é uma máquina intergaláctica, seduzida pela Série B e pela Ficção Científica, que junta a harmonia musical a notáveis samples. Os seus concertos, altamente fotogénicos, são, na sua expressão máxima, uma pérola para descoberta de muito cinema, gore e vampiresco, americano e italiano, que tão bem acompanha o espectáculo num álbum colorido de imagens projectadas de forma frontal para o público. Chegam desta feita a Portugal com o intuito de apresentarem o novo album, Bermuda 66, mais um excelente trabalho numa densa discografia desenvolvida a partir dos finais de 90.
No seguimento do concerto de Messer Chups, o rock'n'roll promete não desarmar, ao gosto e bom critério de A Boy Named Sue, novamente requisitado para deliciar o freguês com o seu cocktail imaginativo e exótico, que combina o melhor do ryhthm & blues, não negando outros apontamentos de luxo.

ESTA QUINTA NO V5, CLUB GARAGE: A FISTFUL OF TERROR


Encantador ou depravado, convidativo ou incendiário, o Club Garage tem ordens pelas que se rege e no seu raio genético está gozar a fama que o precede e oferecer as melhores vibrações à pista, com muito rock'n'roll de todas as épocas em descargas desalmadas de ruído,de sujidade elementar a instrumentais arrebatadores.Estão, como tal, todos convidados para um banquete sonoro de surf, garage, psych beat, hammond grooves e outras ousadias excitantes, e tudo isto com reminiscências dos sessentas sempre presentes em video.

27 de abril de 2011

Le Chat Noir dá música no Pherrugem


Senhora de bons costumes e intratáveis vícios, Le Chat Noir retoma esta quinta-feira a sua presença pelo Pherrugem, levantando o véu para os interessados 'I'm gonna break my Rusty Cage'. Uma chance inegável para petiscar temaços, bailar descontroladamente, atiçando fogo às companhias mais brandas, preferencialmente de forma airosa e cortês. A excelência do cartaz musical de Le Chat Noir adequa-se a vastos grupos, faz emergir memórias e incute rasgado prazer. Toca a comparecer...

Um escaldão sonoro com Just Honey este fim-de-semana


Devoradora de música, faminta de ruído e sedenta de festa, Just Honey entrou na temporada primaveril com a corda toda e a mala reforçada de discos para dar prazer ao mundo, ou parte dele, concentrado no Porto e arredores. Um caldo sonoro a escaldar para fazer desfrutar o freguês esta sexta-feira no Armazém do Chá e sábado no Maus Hábitos, em mais uma edição do Alta Baixa. Pululando por várias épocas com requinte vintage, saltitando ao som de alguns caprichos pessoais, e fazendo cintiliar especialmente as estrelinhas musicais dos cinquentas e sessentas, Just Honey oferece todas as garantias de serviço competente.

25 de abril de 2011

Mark Sultan de regresso ao Porto


Mark Sultan passa pelo Porto este sábado, dia 30 Abril, em data única em Portugal, regressando depois duma passagem pelo Porto Rio, então a convite da Cooperativa dos Otários. O músico canadiano particularmente conhecido pelas colaborações com King Khan (Spaceshits, Sexareenos e King Khan & BBQ Show) é todo um portento de imaginação e garra em palco, arrasando com guitarra e bombo, ao lado de outros músicos da mesma família excêntrica e multifacetada, que desbrava terrenos vários do soul ao punk, incidindo forte na cena garage-rock. A noite do Armazém do Chá vai contar ainda com o valioso contributo de Somália - A Boy Named Sue - que consegue cativar como poucos uma plateia diversa até altas horas, alternando entre o rhythm & blues, o soul, o garage e psicadelismo.

19 de abril de 2011

Club Garage esta quinta no Basement



Em véspera de feriado, o Club Garage envolve-se em celebrações, máximo ruído e brutal agitação. Será noite para cuspir fogo, delirar entre visões belas e diabólicas e acelerar por estradas desconhecidas, sem freio è à boleia de mentes perversas e selvagens. As cartas estão na mesa, a ementa ao gosto do cliente-tipo, o serviço a cargo do trio do costume, que recusa baldas aos seus princípios e nega pedidos descabidos. Com firmeza e com exaltação dum estilo, doa a quem doer, marcando o seu território com colheradas de garage e psychobilly e garfadas de surf e ryhthm & blues, entre outros desvios momentâneos mas deveras excitantes.

13 de abril de 2011

The Routes no Armazém do Chá


Em estreia na Europa, o trio japonês The Routes inicia a digressão por Portugal, tocando em Lisboa (dia 15) e sábado, dia 16, no Porto, no Armazém do Chá. Finalizam a gira europeia no escaldante festival londrino Le Beat Bespoke. Com um single para dar a conhecer 'Stormy/Willie the Wild One', editado pelo selo português Groovie Records, estes japoneses são um furacão de palco, combinando o mais viciante e estridente garage com o mais frenético ryhthm & blues. Fanáticos das compilações Back from the Grave extraem para este trabalho duas versões: Stormy dos Jesters of Newport e Willie the Wild One the William the Wild One.

El Oscar hoje no V5

12 de abril de 2011

V5 é esta quinta palco de mais um Club Garage


Encantador ou depravado, convidativo ou incendiário, o Club Garage tem ordens pelas que se rege e no seu raio genético está gozar a fama que o precede e oferecer as melhores vibrações à pista, com muito rock'n'roll de todas as épocas em descargas desalmadas de ruído,de sujidade elementar a instrumentais arrebatadores.Estão, como tal, todos convidados para um banquete sonoro de surf, garage, psych beat, hammond grooves e outras ousadias excitantes, e tudo isto com reminiscências dos sessentas sempre presentes em video.

11 de abril de 2011

The Chargers este sábado no Basement


Uma semana após terem tocado no Contagiarte, os Chargers voltam à carga este sábado para uma actuação no Basement, que deixa pistas de uma grande noite, cheia de diversão e boa onda musical. O combinado surf/exótico e o recheio visual do quarteto portuense consegue ser arrebatador, exponenciado ao vivo pela alta cumplicidade da banda com o conceito criado em redor do projecto. A noite segue com Pedro Serra (Mean Devils, 49 Special) na cabine a alimentar a noite com os seus temas favoritos. O concerto custa 5 euros.

Samesugas abrem para Sex Museum


O histórico grupo madrileno Sex Museum vai marcar presença em Santiago Compostela no próximo dia 28 para um concerto integrado na tournée de apresentação do novo album Again & Again. Banda da cidade, os Samesugas estão encarregues de abrir cerimónias numa noite que se espera apoteótica na Sala Nasa. Amantes da cultura dos sessentas e da energia punk, ao que acrescentam rasgos garageiros, os Sex Museum são verdadeiros animais de palco e músicos consagrados também em outros projectos musicais. Por sua vez os Samesugas labutam actualmente no lançamento dum novo trabalho.

9 de abril de 2011

NoMeansNo no Porto-Rio esta terça-feira


Os canadianos NoMeansNo, banda lendária de punk/rock dos oitentas, reuniram-se e estão prestes a visitar Portugal para dois concertos, no Porto e Lisboa. A data na Invicta acontece já terça-feira, dia 12 Abril, no Porto-Rio, pertencendo a organização à Cooperativa dos Otários. Bem conhecidos no circuito mais underground, os NoMeansNo são resultado da sintonia perfeita entre os irmãos Wright, e embora tenham ficado sempre longe do sucesso comercial, estão para o punk como referência incontornável e raiz de muito que se seguiu. Influentíssimos e carismáticos visitam Portugal pela primeira vez e marcam novo regresso à actividade promotora da Cooperativa dos Otários.

Loucura à vista num Freakland com Lana Loveland e Wau y los Arrrghs


O louco Freakland, acolhido por Ponferrada, tem fama de promover o auge da demência e os seus cartazes são dinamite para um ruído sem limites. É um ambiente especial, retrato partilhado por todos que lá vão, e tem muito de doentio, infernal, selvagem...A música ajuda mas a cidade ainda mais potencia, recebendo garageiros e roqueiros de toda a parte. O acesso na íntegra ao evento custa 45 euros e por cada o bilhete vale 18 euros. Este ano destaca-se bem a noite de sexta-feira, dia 22 Abril, com a sensual e brilhante Lana Loveland (teclista dos Fuzztones) a situar-se como principal arma da organização, dando visibilidade ao seu primeiro trabalho a solo - Order to Love - cujas faixas de referência são Black Glove e Missing Illusions, que certificam a categoria do projecto entre momentos mais psicóticos, outros pop e outros de alcance mais garageiro. Os valencianos Wau y los Arrrghs, poderosissímos e histéricos ao vivo, capazes de levantarem o maior dos rebuliços, os franceses Les Terribles e os australianos Wylde Oscares ainda dão mais impacto ao dia.
O festival arranca um dia antes, quinta-feira, dia 21, com os espanhóis Hula Baby, Guadalupe Plata e Allnight Workers e ainda os norte-americanos Kim Lenz & the Jaguars. Mas ainda há mais para desfrutar, o sábado, 23, que registará actuações dos espanhois The Meows e Novedades Carminha,os alemães The Toyotas e os norte-americanos King Louie and the Loose Diamonds.













Quinta-feira
Sala Cocodrilo Negro

19:00-Hula Baby (ESP)

Sala Enzo Club

22:00-Guadalupe plata (ESP)
23:30-Allnight Workers (ESP)
01:00-Kim Lenz and the jaguars (USA)

Sexta-feira
Sala Cocodrilo Negro

19:00-Les Terribles (FRA)

Sala Enzo Club

22:00-Loveland (USA)
23:30-The Wylde Oscars (AUS)
01:00-Wau y los Arrrghs!!! (ESP)

Sábado
Sala Cocodrilo Negro

19:00-The Toyotas (ALE)

Sala Enzo Club

22:00-Novedades Carminha (ESP)
23:30-King Louie and the loose diamonds (USA)
01:00-The Meows (ESP)

Lords of Altamont novamente no Porto


Os Lords of Altamont, banda norte-americana de verdadeiro culto no Porto, que repetiu presença por cá em três anos seguidos com concertos memoráveis no Porto-Rio, está de regresso para uma actuação no próximo dia 23 Abril (sábado) no Armazém do Chá. O grupo liderado pelo carismático Jake 'Preacher' Cavaliere (ex-Bomboras), sempre espectacular a contundente a devorar de paixão e ritmo o seu louco e escaldante farfisa, está desta feita em promoção do seu novo álbum 'Midnight to 666', percorrendo Espanha e Portugal em Abril. Cada concerto dos Lords terá entrada do show burlesco de Moana Santana, que mergulha na personagem Barbarella, interpretada com requinte por Jane Fonda. Antes de chegar ao Porto, os Lords of Altamont têm paragem em Lisboa para uma actuação na Caixa Económica Operária. Fazendo propaganda do melhor garage punk, ruidoso ao máximo, esta banda é um combinado de influências dos sessentas, do espírito psicadélico ao delírio motoclista com muita inspiração dos famosos 'Biker Movies', surgindo em cena com uma indumentária altamente personalizada e toda negra, com relevo para os casacos e calças.
Depois de Lords of Altamont, a noite pertence a Rodas e Ignition, que dominam a meias a cabine e uma selecção musical de poder imenso.

6 de abril de 2011

Menos que Zero resultou em Quartos Imperiais


Less than Zero (1985) foi a primeira e magistral obra de Brett Easton Ellis, brilhantamente adaptada ao cinema, 25 anos o intervalo na criação duma sequela. Imperial Bedrooms é o mais recente livro deste autor norte-americano habituado a chocar por uso recorrente duma violência gratuita que pupula o imaginário dos seus personagens e relevar ao pormenor a depravação dos jovens. Exímio retratista, implacável em cada descrição, Brett é um escritor com um estilo cimentado em outros livros de grande impacto como Psicopata Americano e Glamorama. Conotado com a Geração X, Brett Easton Ellis tem por hábito recriar ambientes de tentação social, deboche e gozo da fama, juntando em cena comportamentos vários que geram um clímax carregado de tensão, sexo, abuso, consumo de drogas e álcool, que resvalam muitas vezes para o grotesco e imprevisível. De Menos que Zero para Quartos Imperiais decorre uma viagem de 25 anos que marca o reecontro dos figurões e 'amigos' Clay, Julian, Blair e Rip...Tudo diferente e subvertido pelo peso gigante de Hollywood,pela cultura da celebridade, capaz de destroçar os valores da amizade. O descontrolo, desorientação o caos e a violência são claramente a consequência do sucesso efémero. É o retrato desalentado de quem decidiu terminar com a festa que reinou em Menos que Zero.

5 de abril de 2011

The Chargers esta sexta no Contagiarte


Os Chargers voltam a tocar esta sexta-feira, dia 8 Abril, no Porto, fazendo uso da sala do Contagiarte. O quarteto surf promete estremecer a casa e abanar o piso à custa dum repertório excitante, refinado por versões que potenciam um ambiente em perfeito delírio. No resto, capricham sempre no visual e oferecem, por norma, um conceito diferente a cada espectáculo.