13 de dezembro de 2011
Dennis Hopper para ver em Guimarães
O arrojo fotográfico de Dennis Hopper, excepcionalmente desenvolvido na década de 60, está patente ao público numa deveras apreciável exposição no Forum da Fnac Guimarães, que resulta de uma parceria com a Taschen, editora responsável pela compilação em livro do trabalho do carismático e genial actor por detrás da objectiva - Dennis Hopper Photographs 1961-1967. Alguns dos retratos mais famosos do multifacetado artista, brilhante actor, realizador, fotógrafo, pintor, escultor e poeta podem ser admirados até 19 de Janeiro, primeiro como extensão da sua própria vida cinematográfica, homenageando ícones como Paul Newman, Jane Fonda, Elizabeth Taylor, Natalie Wood ou James Dean com quem contracenou na sua estreia em 'Rebel Without a Cause', depois como explicação do seu raio artístico, na comunhão de vivências com Andy Warhol, ou também com inegável intervenção na sociedade, captando a história ou parte dela, como o comprova o fulminante olhar aos discursos de Martin Luther King. Para lá de tudo isto e fazendo uso permanente da sua máquina como instrumento de arte não deixou escapar a agitação das auto-estradas de Los Angeles e das ruas de Nova Iorque. Uma visão com amplitude e técnica muito própria.
Esta exposição foi pensada para render mais um tributo a Dennis Hopper, tristemente falecido o ano passado. Será para sempre lembrado pelo seu denso envolvimento nessa obra prima Easy Rider bem como um rosto incontornável da contracultura. Entre muitos impactantes desempenhos destacam-se os Apocalypse Now ou, o mais exuberante, de Frank Booth em Blue Velvet. Um dos magníficos de Hollywood.
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