31 de janeiro de 2010

Tributo a Cramps e homenagem a Lux Interior



Esta quinta-feira, 4 de Fevereiro, no Armazém do Chá, um tributo aos Cramps, atrevo-me a dizer a melhor banda do mundo, que não faz muito tempo visitou Portugal com uma presença em Paredes de Coura. Uma homenagem que vem honrar o vasto legado musical deixado pelos Cramps numa carreira ímpar na música de mais de trinta anos, que fez deliciar os fãs com uma atitude em palco visceral e despida de pudor. Lux Interior e Poison Ivy foram a cara e alma dos Cramps e do psychobilly. Um ano após o falecimento do enorme vocalista dos Cramps, desaparecido com 62 anos, quatro amigos do Porto estão aí para prestar o devido reconhecimento. A não perder no Armazém do Chá uma viagem ao universo musical e visual dos Cramps, segundo os «The Crabs».

Erick Lee Purkhiser ou melhor Lux Interior, um dos melhores performers que existiu dessa forma arte absurda que é o Rock’N’Roll morreu há 1 ano. Com ele morreu uma das bandas que mais contribuiu para o imaginário do género, uma banda que sem querer criou um sub-género (o psychobilly) sendo muito maior que as fronteiras desse sub-género – THE CRAMPS.
A banda foi fruto do encontro de Erick com Kristy Wallace (também conhecida como Poison Ivy) que se conheceram na primeira metade da década de 70 na Califórnia. Depois de muita conspiração e muitos ácidos rumaram para Nova Iorque, onde a banda ganha projecção integrada na efervescente cena associada a clubes como o C.B.G.B.’s e o Max Kansas City que fez despoletar movimento punk antes dos ingleses saberem o que isso era. A sua música era uma mescla marada de rockabilly, psychadelia, surf e garage dos 60´s; Lux Interior um Frankenstein bizarro que rugia como um lobisomem, encharcando as suas performances psicóticas em vinho tinto; The Cramps uma banda com um imaginário único construído com voodoo, humor negro, horror kitsch de série B e sexo perverso.
Com elementos a entrarem e a saírem, Lux e Poison Ivy mantêm os Cramps em actividade mais de 30 anos, gravam 13 álbuns de originais e mantêm um nível de qualidade invejável ao longo desse tempo…até ao fim. Lux Interior morre em 2009 ao 62 anos (para quem os viu nos últimos anos ao vivo será difícil acreditar que o homem tinha essa idade)
Com a impossibilidade de termos THE CRAMPS a actuar no primeiro aniversário da morte de Lux Interior teremos THE CRABS – oferecido por 4 prostitutos com provas dadas na má vida: Júlio Verme (ex-Cabeças de Gado), André Cruz (Sizo), Nuno Silva (Os Tornados) e Ivo Guimarães (ex-Alley Kings). O som crampesco durante a noite estará a cargo dos C.B.G.B.´s (também conhecidos como Cruzes, Bentania, Guimas e Bareja). No Armazém Do Chá no dia 4 de Fevereiro

28 de janeiro de 2010

Mais uma de Just Honey a fechar o mês

Ora ora, a dj mais rockabilly do Porto lado a lado com o dj mais oitentas a deixar pistas de uma noite satisfatoriamente desgovernada na condução de estilos, desconcertante mas palpitante. DJ Just Honey e DJ Zezé vão fazer a festa em conjunto sábado (30) no Rendez Vous...Não faço prognósticos mas conto marcar presença...Façam o mesmo.

SUGESTÃO PARA ESTA NOITE - OS TORNADOS


Surf rock português de qualidade esta noite (sexta-feira) no Armazém do Chá...ao som de temas que sugerem uns bons passos de dança...Atentem no Catraia e noutros pedaços musicais bem conseguidos. Os Tornados - antigo Conjunto Contrabando - estão aí para seduzir a audiência. Logo a seguir as ondas sonoras pertencem aos Sete Magníficos...

Rua do Almada renova comércio e recupera alma



Uma revolução com três anos representa a história mais recente da Rua do Almada, situada na baixa da cidade do Porto, invadida no bom sentido do termo por uma panóplia de lojas alternativas, tão diversas quanto complementares, mas, acima de tudo, de cariz absolutamente inovador. A rua do Almada vive hoje com uma imagem renovada, especialmente nos novos públicos que chamou, mediante um conjunto de espaços directamente ligados às correntes artísticas que vieram redespertar um comércio mais específico. O aparecimento de várias lojas num reduzido espaço temporal projectou a Rua do Almada e transformou-a numa zona acentuadamente apetecível para os jovens.
Vestuário, música, ou livros são artigos que podem ser facilmente encontrados em lojas como a Louie Louie, Lost Underground, Retro Paradise, Zona 6 ou Maria vai com as Outras, para não falar também do 555, que funciona mais como lugar de regular intervenção cultural. A Rua do Almada convida à curiosidade, e a perdição por o mais raro vinil ou por uma determinada peça de vestuário vintage constituem exemplos bem comuns de todos os que cederam aos encantos desta importante artéria do centro do Porto, bem necessitada, contudo, de obras de requalificação, que a Câmara Municipal vai tardando em constatar.



Reposta alma no Almada, abriram-se outras razões de apelo à circulação na rua, e os tradicionais estabelecimentos de ferragens foram ultrapassados por lojas abertas a novas tendências, que abarcam a música, a roupa e até mesmo os livros e o artesanato. Espaços múltiplos irromperam nos últimos três anos pela Rua do Almada, e fizeram atrair atenção geral, em particular dos mais novos, dos estudantes ou simples curiosos, e também dos turistas, com relevo para os espanhóis, que não demoraram muito a apegar-se à variedade de lojas por aí disseminadas. Os discos são a mais forte atracção presente na nova Rua do Almada, e uma vasta colecção e vinis é imagem de marca de locais como Louie Louie, Lost Underground, Zona 6 e a Retroparadise. E todos apresentam perspectivas variadas na propagação do seu comércio, o que tem feito notar uma admirável onda de solidariedade e apoio entre a globalidade dos espaços.

«O facto da rua estar tão bem composta tem ajudado bastante, e no meu entender tem sido bom para toda a gente. Está em causa uma concorrência saudável e até deveriam aparecer mais espaços. Quem visita uma loja, acaba por visitar as outras, particularmente ao sábado, que é o dia mais concorrido, com muitos turistas, especialmente galegos», refere Rui Quintela, proprietário da Louie Louie, visão claramente comum a outros responsáveis.

«As lojas vão apoiando-se em termos de material, e o facto de tudo estar concentrado nesta rua tem sido positivo para todos», destaca Óscar Pinho, da Lost Underground.

E como foi possível revitalizar uma degradada e votada ao abandono Rua do Almada? Em abono da verdade e olhando a muito dos exemplos verificados, esse esforço de relançamento surgiu mesmo dos próprios moradores, numa importante maioria retratada em jovens com fortes e interessantes motivações artísticas.

«Moro aqui há sete anos, e antes não havia rigorosamente nada. Hoje boa parte do meio artístico do Porto instalou-se nesta rua e as coisas foram surgindo. Somos quase todos conhecidos e amigos», assinala Mariana Faria, que gere com mais um sócio a Zona 6.

Este foi, então, o ponto de partida na construção de um espectacular fenómeno de dinamização desta zona específica da Baixa do Porto, processo que ficou depois mais facilitado face à incrível diferenciação no valor da rendas praticadas em todo o centro da cidade. Os preços convidativos da Rua do Almada funcionaram como derradeiro impulso ao surgimento de estabelecimentos alternativos, e a abertura de lojas tem-se sucedido deste 2003. A Retroparadise transferiu-se para lá em 2003, logo depois apareceu a Louie Louie, e no ano passado o boom no Almada trouxe a Zona 6, a Maria vai com as Outras e a Lost Underground. Todos os quantos que estão hoje instalados no Almada convergem também na ideia de ser possível fazer crescer ainda mais esta tendência de afirmação da rua no centro da cidade, enquanto pólo aglutinador de múltiplos interesses artísticos, culturais e turísticos. Nesse sentido, urgem exactamente um conjunto de obras de reabilitação de lugares especialmente ultrapassados com os anos, bem como simples mas regulares operações de limpeza dos passeios, isto com a finalidade de satisfazer e estimular a circulação na Rua do Almada.

«É pena que vá faltando vontade política para reavivar a baixa do Porto», critica Óscar Pinho, numa ideia que encontra total sintonia de Ana Caeiro, uma das três sócias da Maria vai com as Outras.

«Existe muita coisa por ser melhorada na Rua do Almada, que tinha obrigatoriamente que estar mais limpa. Nem sequer existe um serviço de recolha de lixo regular. Sabendo que este é hoje um lugar com potencial turístico na baixa do Porto, só se compreendem estas carências por desinteresse de quem é autoridade na cidade».

Registos dos espaços mencionados no artigo:

Louie Louie


Esta loja nasceu da iniciativa de Rui Quintela, que juntou à Louie Louie de Braga uma outra no Porto, alojando-a na Rua do Almada em Março de 2004. As apostas preferenciais são os vinis e os cd’s usados, não tendo a loja grandes restrições em termos de géneros musicais. O carácter ecléctico está bem presente na distribuição de todos os artigos pelo espaço da Louie Louie, desde o rock ao metal, do pop ao soul, e do funk ao ska. O indie/rock é, porventura, o estilo que recolhe maior procura dos clientes habituais da loja. Dvd’s de todo o género, a preços simpáticos, também podem ser adquiridos. O vasto acumulado de cd’s usados constitui, no entanto, o ponto mais forte na capacidade de oferta da Louie Louie, tratando-se de uma das mais completas fontes de recurso sedeada no Porto para aquisição de material em segunda mão.

Lost Underground


Espaço inaugurado por Óscar Pinho em Julho de 2006, juntamente com a sua companheira Yolanda. Após 10 anos como sócio na Piranha, Óscar, baixista dos Motornoise, um dos grupos mais carismáticos do punk portuense, preferiu montar o seu próprio negócio, e encontrou as condições ideais à sua implementação na Rua do Almada. Na Lost Underground já é visível um maior direccionamento das apostas a géneros mais específicos. Sobressai, sobretudo, a qualidade da secção música experimental e jazz, e algumas apostas de cariz mais específico, como uma zona apenas dedicada ao stoner rock. Os vinis são outra atracção no interior da Lost Undergroud, mas é o próprio responsável, que reconhece a maior gama de oferta da Louie Louie e Retroparadise. Com aspecto de novidade quanto à variedade de propostas encontradas no Almada, destaca-se a introdução da venda de t-shirts de importantes bandas internacionais, e a disponibilização de revistas de referência no âmbito da música. Mais recentemente, a Lost Underground passou a receber concertos ao fim-de-semana, ao final da tarde, aproveitando nomeadamente a passagem de algumas bandas internacionais pela cidade do Porto.

Zona 6


A Zona 6 estabelece-se na Rua do Almada em Março de 2006, trazendo consigo um conceito inovador, sendo uma das raras lojas no país a gravar música em formato vinil por unidade. Para esse efeito, apresenta-se com um estúdio muito bem equipado, que vai correspondendo a preceito a todos os pedidos. Paralelamente, e por tendência natural dos seus responsáveis, a Zona 6 funciona também como espaço dedicado à produção musical, movendo-se, nomeadamente, dentro da música electrónica, hip-hop ou reggae. Fora destas áreas, a loja em si, embora de dimensão reduzida, aposta, sobretudo, na venda de discos (formato cd ou vinil) respeitando géneros para os quais está especialmente vocacionada, casos do drum’n’bass, breakbeat, dj tools, reggae, hip-hop, dub ou funk. Na Zona 6 é ainda possível encontrar todo o tipo de acessórios para dj, equipamento áudio para dj’s e músicos, ou até mesmo instrumentos musicais. Por outro lado, um pouco de forma a dar continuidade ao seu trabalho técnico de consolidação da qualidades de muitos projectos musicais, os elementos que gerem a Zona 6 estão ainda ligados à produção de eventos, que tanto podem realizar-se no âmbito da designada world music, como nas diversas vertentes da música electrónica.

Maria Vai com as Outras


Mesmo diante da Zona 6, situa-se a Maria vai com as Outras, um espaço que assume um cariz diferente, simultaneamente comercial e cultural, dedicado a artigos de autor e peças de artesanato. Uma oferta complementar marca a existência deste lugar, inaugurado em Abril 2006. A Maria vai com as Outras é muito mais que um local comercial, e demonstra vocação de estrutura com apetência para variado leque de manifestações culturais, tais como exposições, eventos de música, cinema ou teatro, dispondo para este efeito de uma cave. A livraria é, porventura, o ponto que destaca o espaço dentro do fenómeno da Rua do Almada. No interior da loja é também possível encontrar uma cafetaria.

555


Inaugurado a 05-05-2005, esta foi a combinação chave por detrás do nome atribuído a este espaço, somado ao facto de ocupar idêntico número residencial na Rua do Almada. A casa em questão, outrora uma carpintaria, foi reabilitada após sete anos de absoluto esquecimento. Em poucos meses, o 555 adquiriu o seu peso na cidade pela capacidade de intervenção cultural que veio oferecer ao Porto. Um conjunto de múltiplas divisões abre as portas a um rol alargado de actividades no espaço 555, e com muita regularidade podem-se apreciar exposições ou sessões de cinema, ou ainda assistir a workshops. A vertente de animação nocturna também entra nos objectivos da Direcção da Associação Concepções sem Pecado, a quem pertenceu a ideia do projecto 555 na Rua do Almada. Música variada e diversos dj’s convidados costumam dar vida às pistas distribuídas pelas inúmeras salas de um espaço, que, pontualmente, está também destinado ao acolhimento de alguns concertos. Cafetaria e bar completam o leque de opções disponíveis na 555.

Retroparadise


Após algum tempo sedeada no Bolhão, a Retroparadise foi a primeira loja a marcar a diferença ao implementar-se na Rua do Almada, trazendo nova aragem ao comércio típico da zona. O avanço da Retroparadise consumado em 2001 serviu de estímulo a todos os demais que vieram a estabelecer lojas alternativas na Rua do Almada. A roupa continua a ser, sem dúvidas, a imagem mais forte que transporta para o exterior, recuperando peças absolutamente raras de vestuário vintage, revivendo a história à luz da indumentária própria de cada época. Na Retroparadise tudo é reciclado e os estilos são renovados mediante uma estética muito particular, capaz de atrair públicos completamente diferenciados. Além da roupa, a Retroparadise sempre se destacou na oferta de uma vasta colecção de vinis, que percorrem os mais distintos géneros musicais, tais como o blues, o rock’n’roll, soul, jazz e música psicadélica, bem como música portuguesa ou brasileira.


Conteúdo recuperado de uma reportagem exposta no primeiro site da Audiência Zero - www.audienciazero.org/eixo. A Rua do Almada continua em alta e desde este trabalho nota para a mudança de local da Louie Louie, agora uns metros mais abaixo, dividindo espaço com a Embaixada Lomográfica. No seu sítio aparece agora a Inktoxica Tattoo, inaugurada o ano passado por Óscar Gomes,em acto que coincidiu com a realização da segunda edição de 'Alma na Rua'.

Reportagem realizada a 18 de Maio de 2007

Texto: Pedro Cadima
Fotografia: Daniel Bento

El Beasto - Corunha


Cidade de muito rock'n'roll, banhada pelo Atlântico, colorida pela praia, a Corunha é uma descoberta obrigatória na Galiza. Entre muitos locais de interesse - relevantes museus, excelentes restaurantes, ruas de vinhos e tapas, uma fábrica/cervejaria da Estrela Galiza, notáveis salas de concertos, existe também uma loja essencial para amantes de música e roupa alternativa. EL BEASTO SHOP é um espaço de referência, que apesar da área reduzida, oferece um vasto leque de artigos imperdíveis. Do cd ao vinil, das t-shirts ao calçado, passando pelas vistosas máscaras mexicans, sobram razões para conhecer o manancial de recurso desta loja bem central da Corunha. Rock'n'roll, punk, garage são os estilos que rapidamente se percebem como dominantes na decoração da El Beasto. O site é outra mais-valia, facultando compras variadas pela internet.

http://www.elbeasto.com/

Primeiro Alta Baixa de 2010


É já este fim-de-semana que chega a primeira edição Alta Baixa de 2010, o evento que faz da Rua Passos Manuel uma artéria de forte e intensa circulação cultural, sobressaíndo a vertente musical com concertos e dj sets. Este sábado, dia 30 de Janeiro, destaque para a actuação dos The Glockenwise no Maus Hábitos, a jovem máquina de rock'n'roll criada nesse viveiro de bandas que é Barcelos. No Passos Manuel, mais cedo é musica é servida por Laia (Viva Jesus e Mais Alguém). No Pitch há concerto de Crisis, apontado à semelhança os Glockenwise para as 2 da manha. No que toca a dj, a noite será animada, entre outros, por Xinobi (Passos Manuel), Rui Maia (Maus Hábitos), Miguel Rendeiro (Pitch). Em trânsito pelos três locais andará Fua (Lovers & Lollypops).

27 de janeiro de 2010

Noite de Blues em Aveiro


Legendary Tiger Man vai estar este sábado (dia 30) em Aveiro para apresentar o seu álbum 'Femina' no carimático Teatro Aveirense. O after party será feito no simpático, aconchegante e multicultural Mercado Negro, ao som de Dj A Boy Named Sue, acompanhando do dj set da anfitriã Ding-A-Ling Nights.

26 de janeiro de 2010

Le Chat Noir em dose dupla



Mais duas datas aproximam-se na agenda sempre carregada de dj Le Chat Noir. Duas noites que prometem ritmos fortes, roqueiros e exóticos. Eclética, excitante, envolvente, conduz os sets com elegância e atitude, agitando pistas e espicaçando os fãs. Tendências várias entram nas escolhas de Le Chat Noir, figura habitual em várias casas do Porto...Tendinha dos Clérigos, Pherrugem, Armazém do Chá, V5 ou Bla Bla. Sexta-feira, dia 29, vai haver festarola até horas tardias no Tendinha dos Clérigos, enquanto sábado, dia 30, espera-se ambiente a ferver no Armazém do Chá.

Mutantes


Terá sido o grupo mais influente de sempre no Brasil, bandeira do Tropicalismo, período de efervescência criativa e inquietação pelo regime político em vigor. A banda reuniu-se em 1966, arrancando com os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias e a magnífica Rita Lee, um trio que provocou espanto pela sonoridade apresentada na época, inovadora e claramente de ruptura. O pop feito pelos Mutantes virou uma cena meia psicadélica, dominado pelas distorções e feedbacks. O trabalho dos Mutantes alastrou-se por todo o mundo, à custa de uma colecção de temas absolutamente fenonemais, únicos na histórica da música, que fizeram fãs por todos os continentes. Foram, sem dúvida alguma, precurssores de uma visão muito particular sobre a música, ao nível da criatividade e originalidade, em parte potenciadas pelo uso de drogas. Talento raro...ousadia máxima, Os Mutantes foram geniais e deixaram para a posterioridade temas como A Minha Menina, Trem Fantasma, Panis et Circenses, isto além de interpretações de originais de Gilberto Gil (Domingo no Parque) e Tom Zé (2001) nos festivais de música popular brasileira. O seu lugar cimeiro à escala internacional no que diz respeito a uma intervenção experimentalista é reconhecido por críticos e revistas da especialidade. Os Mutantes (1968), Jardim Eléctrico (1970) ou Tropicalia, apenas lançado em 1990, são obras obrigatórias e enriquecedoras para qualquer melómano adepto do psicadelismo. Das suas influências britânicas, especiamente dos Beatles, os Mutantes partiram para a construção da sua própria identidade, singular no Brasil e no resto do Mundo. O som ainda é hoje um achado.

Kastrus River Klub quase a nascer


O novo Kastrus - agora Kastrus River Klub - tem a sua abertura ao público marcada para 19 de Fevereiro. Na noite seguinte a festa será feita com música ao vivo. A mesma equipa, a mesma tradição, um novo conceito a tornar mais abrangente o destinatário. Os Sean Riley & the Slowriders com o seu belo território sonoro e em digressão pelo país de lés a lés, são a banda convidada a apadrinhar o início de uma nova era, que se espera tão longa e proveitosa como o período de funcionamento do Kastrus Bar, em Forjães. O espaço muda-se, agora, para a capital do concelho. O Kastrus River Klub teve colocação estratégica no centro de Esposende, estando por isso à mercê do olhar atento de mais gente. O primeiro de muitos concertos está breve...a 20 de Fevereiro...e o momento é imperdível.

25 de janeiro de 2010

Parabéns ao Shmoo assinalados quinta-feira


O bar mais encantandor, acolhedor e festeiro de Coimbra vai comemorar sete aninhos. O habitat é curto mas a festa é sempre gorda no Shmoo, feita por uma classe roqueira tão minoritária quanto numerosa numa cidade que se quer mais despida de estereótipos, sobretudo, de morcegos. A lei do Shmoo é o rock'n'roll puro e duro, a alta voltagem ditada pelos dj's da cidade, muitos deles saídos de algumas das prominentes bandas de Coimbra. Na quinta-feira, dia 28 de Janeiro. o Shmoo com o seu humilde espaço irá quebrar regras quanto possível, celebrando o 7º aniversário com muita animação na ementa, sugerida pela presença das Ruquettes, um duo promissor de meninas em estado de graça, que têm feito ferver de excitação cada local que pisam, e de um curioso Legendary Reverend Nakata, que parece fazer em simultâneo uma espécie de tributo ao conhecido homem tigre de Coimbra, ao efervescente Reverend Beat-Man e ao maior craque do futebol japonês. De tudo isto espera-se uma goleada de rock'n'roll numa noite com inúmeros prolongamentos.

Thee Chargers de novo em acção


Um concerto dos Thee Chargers está na agenda do V5 para este fim-de-semana. O mais jovem bar do centro do Porto volta a oferecer a sua sala de espectáculos a uma banda. É já este sábado (30) que seremos presenteados por belas paisagens de surf e transportados para um México colorido, ao sabor e som dos Thee Chargers. Trajados com elegância, mascarados a ver com quê, estes quatro amigos do Porto continuam a somar pontos em directo e são sempre uma banda altamente vistosa e estimulante em palco. Os Chargers intervalam versões com originais e são senhores bem capazes de atear fogo à assistência. Sempre no bom sentido, a rasgar, a suar, a experiência é um posto, a interacção necessária, e a comunhão de um estado de espírito uma certeza.

23 de janeiro de 2010

Daddy O Grande na Galiza



Daddy o Grande (Straijackets) acompanhando dos Twin Tones já se encontra a cumprir a sua digressão por Espanha. As datas na Galiza estão próximas. Quarta-feira em Vigo na Fabrica de Chocolate, e na quinta-feira na Sala Nasa em Santiago Compostela. O melhor surf planetário a poucos quilómetros de distância...


- 21 de Janeiro. León. Universidad de León.
- 22 de Janeiro. Madrid. Sala La Boite.
- 23 de Janeiro. Valencia. Sala Wah Wah.
- 25 de Janeiro. Liérganes. Los Picos.
- 26 de Janeiro. Ponferrada. El Cocodrilo Negro.
- 27 de Janeiro. Vigo. La Fábrica de Chocolate Club.
- 28 de Janeiro. Santiago DC. Sala Nasa.
- 29 de Janeiro. Andoain. Auditorio.
- 30 de Janeiro. Gijón. Sala Acapulco.

21 de janeiro de 2010

Sean Riley & the Slowriders em Coimbra



Esta noite (dia 21) no Teatro Gil Vicente, em Coimbra, o regresso às origens de Sean Riley & the Slowriders

Chicks on Pitch


A noite de sábado, dia 23 do Pitch vai ter em acção quatro meninas agarradas ao volante da pista, em duas festas que se esperam díspares. Deixo a nota para Just Honey no piso superior, a fazer animação do bar com muito rock'n'roll. A mediática Rita Mendes junto de Sininho e da americana Catrina Starr assumem a condução sonora do Club com tendências mais electrónicas.

19 de janeiro de 2010

Dj Just Honey no Janela Indiescreta


Na sua primeira aparição em 2010, a tão delicada quanto selvagem, entenda-se à luz dos seus gostos musicais, Just Honey vai brindar os seu fãs com um dj set no Janela Indiescreta, situado junto ao TECA - Teatro Carlos Alberto. Esta quinta-feira, dia 21, a partir das 23 horas.
Rockabilly, garage, soul são marcas do repertório e predilecções maiores presentes na sua maleta de discos. De Johny Cash a Clash, de Gene Vincent a Bambi Molesters, dos Seeds a Monks ou de Screamin Jay Hawkins a King Khan, fica o retrato do som que pode ser apreciado. Entre o quente e o frio, as noites de Just Honey costumam, sim, ter finais escaldantes...explosivos...com ambiente apoteótico na pista, seja no Armazém do Chá, Maus Hábitos, Rendez Vous, os seus poisos mais habituais.

Roky Erikson - I Think of Demons












1. Two Headed Dog (Red Temple Prayer)
2. I Think of Demons
3. I Walked with a Zombie
4. Don't Shake Me Lucifer
5. Night of the Vampire
6. Bloody Hammer
7. White Faces
8. Cold Night for Alligators
9. Creature with the Atom Brain
10. Mine Mine Mind
11. Stand for the Fire Demon
12. Wind and More

Dustaphonics em digressão



É mais uma digressão sugestiva a chegar por terras espanholas. Os ingleses Dustaphonics têm sete espectáculos agendados para o início de Fevereiro, incluíndo uma passagem por Compostela no dia 2, na Sala Nasa, onde serão acompanhados pelos rockabillies Dr. Gringo, banda em formato trio com Javi Pesadilla (Phantom Keys e Rock-a-Hulas. Com uma presença apaixonante em palco, uma vocalista vibrante e positivamente tempestuosa, os Dustaphonics são uma máquina de rock'n'roll, que junta classe e atitude demolidora, que os leva a percorrer com à vontade o soul, o r&b, surf e o garage.



Fica o calendário com todas as datas dos Dustaphonics:

01th LUNES(VALLADOLID) SALA WALLABY
02th MARTES(SANTIAGO DE COMPOSTELA) SALA NASA+DR.GRINGO
03th MIERCOLÉS(MADRID) WURLITZER
04th JUEVES(LEÓN) EL GRAN CAFE
05th VIERNES(VALENCIA) SALA WAH WAH+THE GO FREAKS
06th SABADO(BARCELONA) SALA OVELLA NEGRA
07th DOMINGO(ALICANTE) SALA COYOTE UGLY

Los Saicos - Lenda e fenómeno


Um fenómeno tremendo gerador de culto imenso. Os Los Saicos fizeram-se em cerca de dois anos como a melhor banda de todos os tempos na América Latina. Lançaram a sua discografia entre 65 e 66, foram autores de originais e arrasaram por onde passaram. Foram seis singles que deixaram muitos boqueabertos pelo som surpreendente, inspirador e influente que encontraram. Hoje merecem quase uma vénia pelo que produziram e conseguiram, em pleno Peru, que foi, contudo, viveiro de bandas roqueiras e garageiras nos anos sessenta, em grande parte, devido à invasão de grupo britânicos como os Kinks. Los Yorks e Los Shains foram outros dois notáveis exemplos de alta qualidade 'made in' Peru.
Mas a preponderância no universo da música pertence aos Los Saicos, hoje lembrados num disco que junta os 12 temas da carreira, lançados em formato single. 'Demolicion' foi um dos maiores sucessos de sempre na América Latina e é um tema recorrentemente alvo de versão por outras bandas. Em todo o mundo continuam a nascer e aparecer grupos de garage que não escondem a indisfarçável admiração pelos Saicos. Eles foram pioneiros na América Latina e conseguiram equivaler o seu sucesso e o seu som cru, ruidoso, ao nível dos Sonics, nos Estados Unidos. 'Come On', 'Fugitivo de Alcatraz' ou 'Entierro de los Gatos' são outros temas célebres destes peruanos.
Um conhecimento mais profundo à carreira dos LOS SAICOS, seguramente uma viagem fascinante, pode ser feito através da visualização do documentário 'Saicomania'. A consultar no youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=31YEWhxhoUE&feature=rec-LGOUT-exp_fresh+div-1r-3-HM

Chau e Maria P no Via



Pedro Chau (ex-Tedio Boys, Parkinsons e Blood Safari) e Maria P. (Hot Pan Club)vão animar a noite de sábado (dia 23) em Coimbra, proporcionando um dj set carregado de temas palpitantes, que prometem agitar a pista do Via Latina. 'A groovy selection of classic & obscure shakin' soul, freakbeat, 60's garage & 50's rock n roll' é o lema de mais esta noite na capital do rock'n'roll em Portugal, Coimbra.

18 de janeiro de 2010

Nunchuck em Caldas e Coimbra

Recomendações para quinta e sexta-feira...Nunchuck Dj Set nas Caldas da Rainha e em Coimbra. Cena mod, soul e música dos anos 60, especialmente na ementa




17 de janeiro de 2010

Armazem do Chá com muito rock até final do mês


Não é propriamente novidade mas é sempre um dado estimulante, convidativo a esquecer o frio ou a chuva. O Armazém do Chá reserva um final do mês acelerado, pontuado por várias propostas e datas a reter. Já esta quinta-feira (dia 21) não há concerto mas há rock'n'roll garantido pelas mãos de Dj Oscar Gomes (Mean Devils, Chargers e Capitão Fantasma, banda esta que visita o Porto já em Fevereiro). A 22 de Janeiro, coincidindo já com o fim-de-semana deslocam-se de Coimbra ao Porto as frenéticas Ruquettes, um duo promissor de meninas encantadoras e com bom gosto, que prometem levar a pista ao delírio, já depois da actuação dos franceses Fury Furyzz, que tocam no Porto após passagens por Rio Maior e Aveiro, seguindo-se à Invicta uma incursão a Bragança. No último fim-de-semana do mês, atenções voltadas para o concerto dos Tornados (dia 29), capazes de projectarem em palco ondas do melhor surf nacional. Referências incontornáveis na arte do dj set, os Sete Magníficos fecham a noite no Armazém do Chá. O bar mais cativante do Porto contará ainda no dia 30 (sábado) com os serviços da contagiante Le Chat Noir, sempre ligada à corrente, disparando rock de várias tendências e de diferentes épocas.

16 de janeiro de 2010

Hi-Risers e Roy Loney & Senor No celebram aniversário da A Reixa


O Bar a Reixa, em Compostela, uma referência do circuito nocturno desta fabulosa cidade galega, a servir uma imensidão de fãs devotos de rock'n'roll há mais de dez anos, celebrando especialmente os 'sixties', irá cumprir mais um aniversário no próximo dia 9 de Fevereiro. Os sócios Fran e Rafa, eternos organizadores de concertos em Santiago de Compostela, não podiam deixar fugir a ocasião para novo convite tentador, em parceria com Pepe (I Wanna Management).
A Sala Nasa irá acolher mais uma visita dos americanos Hi-Risers, uma extraordinária máquina de rhythm & blues, que vão iniciar na Galiza a sua digressão por Espanha, que os levará a Madrid, País Basco e Barcelona. No cartaz, lado a lado com os Hi-Risers, vai estar também Roy Loney (ex-Flamin Groovies) acompanhando dos bascos Senor No, um dos grupos históricos do rock'n'roll espanhol. Refira-se que o projecto do bar A Reixa é acompanhado por uma tenda de discos, roupa e outros múltiplos artigos, nomeadamente alusivos aos sessentas.
Dia 9 de Fevereiro é,portanto, momento oportuno para apalpar mais uma noite explosiva de música ao vivo na Sala Nasa e espreitar o requinte decorativo do Reixa, recheado de posters e quadros de grupos potentes e munido de uma espectacular cabine assiduamente frequentada por alguns dos melhores djs espanhóis de rock'n'roll.

15 de janeiro de 2010

Festival imperdível em Londres com Sonics, Undertones, James Hunter, Thee Vicars e muito mais...


De 1 a 5 de Abril, Londres respira mais uma edição do Beat Bespoke. A edição 6 sugerida pelo cartaz...e super apelativa pelo nome das bandas. Grandes concertos ficam desde já em perspectiva em 229 Great Portland Street, W1 5PN.
Lendas dos palcos, referências do garage, detentores de dezenas de temas incríveis, irrepetíveis, invejáveis, como os Sonics e os Undertones, fazem logo ferver as expectativas. Mas há mais, do bom e melhor, com espectro de novidade e promessa de excitação na audiência. Os Thee Vicars, que já deram prova do seu frenesim revivalista dos sessentas, desvario e loucura numa passagem alucinante pelo Porto, estão também no cartaz global deste enorme festival, que entre os nomes graúdos, chamados a fechar cada uma das quatro noites de absoluta curtição, apresenta também James Hunter com o seu registo R&B e os The Polecats, representantes do rockabilly inglês dos anos 80. Mas as atracções não se ficam por aqui, os espanhóis Wau y los Arrrghs estão entre o naipe de bandas de apoio aos cabeças de cartaz bem como os Thee Exciters. Mas o Beat Bespoke responde ainda a curiosidade e interesse do espectador, com sessões várias de Allnighters, djs internacionais de topo, espectáculos de Go-Go Girls, clubes para convidados e um mercado com vastíssimo merchandising retro. Mais informação disponível no site da New Untouchables, empresa dedicada à projecção de toda a arte relacionada com o universo próprio dos sessentas.

Noite de 2BADJS em Coimbra


A grande dupla vai voltar às suas lides e na cidade do coração, a roqueira Coimbra, os 2BADJS, vão esta noite, dia 16 Janeiro, voltar a servir um banquete sonoro de blues, punk, psychobilly e soul. Grandes temas em desfile a sugerirem animação no pico numa festa reservada para o piso principal do Via Latina, a mais conhecida sala de concertos em actividade no reino dos estudantes. Os 2BADJS são Toni Fortuna, vocalista dos d3ö e dos saudosos Tedio Boys, e Rui Ferreira, o manager com mais talento para descobrir talentos, sendo grande responsável pelo lançamento de alguns dos mais interessantes projectos alternativos do rock nacional na última década, como Belle Chase Hotel, Bunnyranch, d3ö, Wraygunn, Vicious Five, Born a Lion ou Sean Riley & the Slowriders. Todos ao Via Latina...a partir das 23 horas...

Tedio Boys



Banda de Coimbra com uma história ímpar em Portugal. Apesar de não terem tido grande mediatismo a sua influência na música portuguesa é enorme, por ter gerado várias bandas como d3Ö, Wraygunn, The Parkinsons,Blood Safari e Bunnyranch. Nasceram como um lado B da banda É Mas Foice Começaram por tocar nas ruas da cidade de Coimbra, tendo sido expulsos pela polícia. Mais tarde tocam no palco da Queima das fitas, espetáculo que ficou marcado pela actuação em nudez dos seus elementos. O nome da banda vêm, segundo o vocalista Toni Fortuna, do tédio que se vivia na cidade de Coimbra na altura. O grande sucesso da banda fez-se nos EUA, onde fizeram várias digressões. "Filhos do Tédio", é um documentário com cerca de 48 minutos de Rodrigo Fernandes e Rita Alcaire sobre o percurso desta mítica banda. Actualmente, os vários elementos têm outros projectos. Toni canta nos d3Ö, Kaló está nos Bunnyranch como baterista e vocalista. O guitarrista Vitinho agitou Londres com The Parkisons e Paulo Furtado conhece o êxito com os WrayGunn e o seu projecto a solo Lengendary Tiger Man.

14 de janeiro de 2010

EL Oscar no V5



É esta noite, 14 de Janeiro, dentro do alinhamento noites temáticas que o V5 pretende imprimir com frequência na sua programação, que El Oscar é convidado a homenagear o mais marcante festival da história. Debaixo do título Woodstock & Sounds of 69, esta será uma oportunidade única para o sentir e gozar de uma atmosfera que foi única na história da música e com um enquadramento social e cultural muito particular. Um convite para adeptos de rock intenso, duro e ácido e apaixonados por Jimi Hendrix, The Who ou Janis Joplin. O revivalismo vai estar ao rubro.

13 de janeiro de 2010

The Jills em Ribeirão



Os The Jills vão levar o seu espectáculo explosivo, solto e provocante a Ribeirão. O Ribba Café vai receber o quarteto mais imprevisível que se pode apreciar em palco, fiel ao rock'n'roll e ao deboche. Este concerto acontece a 23 de Janeiro e a banda portuense será acompanhada pelos barcelenses Green Atmosphere. Seguem-se Dj Ed Dj Horatio numa noite avaliada em 3 euros e com direito a uma cerveja. Festa garantida...dentro e fora do palco...pelo menos essa costuma ser a receita dos The Jills.

11 de janeiro de 2010

Sizo no Armazém do Chá



Os Sizo vão passar pelo Armazém do Chá esta sexta-feira, dia 15 de Janeiro. Um regresso aos palcos de um quarteto que deliciou o ano passado com presença em vários festivais. A energia imbatível deste grupo da Invicta, que descobriu um som altamente frenético, merece curiosidade e atenção. Identidade rock com chama electrónica, os Sizo são valor seguro do meio alternativo em Portugal e prometem continuar a crescer e a desafiar horizontes com originalidade e personalidade.

9 de janeiro de 2010

Abel Ferrara e Werner Herzog

Dois filmes,muita controvérsia entre os realizadores, a emergir no festival de Veneza. Ferrara acusou Herzog de uma cópia e só desejou que pessoas com este tipo de recurso ardessem no Inferno... O cineasta alemão respondeu não conhecer sequer o Bad Lieutenant original, assinado pelo norte-americano em 1992. Longe das polémicas, ficam para apreciador dois exercícios fenomenais de cinema, pungentes na abordagem a uma temática comum: um polícia à margem da lei, corrupto e viciado em jogo, visivelmente descontrolado a caminhar para um aparente precipício...e sempre a pisar o risco em matéria de droga. Harvey Keitel é o grande protagonista do Bad Lieutenant de Abel Ferrara, aparecendo Nicolas Cage ao melhor nível e uma interpretação avassaladora no recente trabalho de Werner Herzog. A força do personagem central é o ponto chave nas películas e em ambas vê-se a superação dos consagrados actores. E os dois filmes reservam cenas capazes de perdurarem infinitamente na memória...


Bad Lieutenant (1992) de Abel Ferrara com Harvey Keitel



Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans (2009) de Werner Herzog com Nicolas Cage e a belíssima Eva Mendes

King Khan & BBQ Show - Invisible Girl (2009)



Multifacetado e excêntrico, King Khan é figura pendular do garage, pela sua participação em constantes projectos...embriagado por uma sonoridade ruidosa e uma presença pomposa, que torna cada espectáculo um show único de rock sem padrões, um desafio sem concessões, um estímulo sem travões. Irresistível, enérgico, de visual sempre desconcertante, King Khan foi alma dos Spaceshits e dos Sexareenos antes de abrir alas aos dois projectos que ocupam no presente: King Khan & the Shrines e King Khan & BBQ Show onde labuta e encanta lado a lado com Mark Sultan. No ano passado concretizaram o lançamento do terceiro álbum de originais - Invisible Girl. Engenho artístico no ponto, notável consistência, músicas viciantes, ritmos palpitantes feitos por guitarras incisivas, bateria e outros acertados toques instrumentais. Sem a histeria com que nos brinda junto dos The Shrines, King Khan marca com o colega Mark Sultan um registo completamente diferente, onde coabitam e se envolvem às mil maravilhas o soul e o rhythm & blues, prestando toda a reverência a lendas como Bo Didley, Chuck Berry ou Little Richard. O single Invisible Girl que dá nome ao álbum é uma delícia entre outras como I'll Be Loving You, Animal Party, Lonely Boy ou Do the Chop, que encerra o disco. O grito maior de ruído acompanhado de um ritmo estonteante e uma letra desbocada é dado em Tastebuds.

8 de janeiro de 2010

Sean Riley & the Slowriders



O início do ano é pautado por vários concertos dos Sean Riley & the Slowriders. De norte a sul do país, o grupo irá apresentar o seu estimado repertório a diversas cidades. Tudo começa hoje em Guimarães (dia 8) com uma actuação no Centro Cultural de Vila Flor. Já com o novo disco na manga 'Only Time Will Tell', eleito melhor álbum de 2009 pela RUC (Rádio Universitária de Coimbra), mesmo à frente do aclamado Femina (Legendary Tigerman), e o novo single a rolar nas rádios 'This Woman', os Sean Riley & Slowriders continuam a trilhar os caminhos que nos habituaram dentro de um rock extremamente bem construído e inspirador para umas quantas viagem sem destino, escrevendo a sua históra ímpar na música portuguesa com a sua expressão perfeita em inglês. Entre algumas transformações e colaborações, o grupo está sólido, transportando em cartaz um punhado de temas declaradamente harmoniosos, que prendem facilmente o ouvinte ou o espectador nos seus concertos exemplares, que quase nos fazem tocar o céu de tanta admiração. Após Guimarães, um destaque especial para a actuação marcada para o novo Kastrus River Klub (Esposende) a 6 de Fevereiro. Fica a lista de datas próximas da banda que se divide em termos de origem dos seus elementos entre Coimbra e Leiria. Ao Porto regressam a 13 de Fevereiro numa data no Passos Manuel.


8 Jan 2010 22:00
CENTRO CULTURAL VILA FLOR GUIMARÃES

21 Jan 2010 21:45
TEATRO ACADÉMICO DE GIL VICENTE COIMBRA

29 Jan 2010 22:00
CENTRO CULTURAL DE ÍLHAVO + Sean Riley DJ Set ÍLHAVO

4 Feb 2010 21:30
TBA BEJA

6 Feb 2010 23:00
KASTRUS RIVER KLUB ESPOSENDE

13 Feb 2010 22:00
PASSOS MANUEL PORTO

24 Feb 2010 21:30
TBA ANGRA DO HEROÍSMO, Açores

5 Mar 2010 21:45
FORUM CULTURAL DE ALCOCHETE ALCOCHETE

6 Mar 2010 22:00
CENTRO CULTURAL DO CARTAXO CARTAXO

20 Mar 2010 22:00
CENTRO CULTURAL DE VILA DAS AVES VILA DAS AVES

Los Ruines + Rockers go to Hell na Sala Nasa



É já no dia 14 de Janeiro (quinta-feira) que a Sala Nasa, em Santiago Compostela, irá acolher data conjunta entre os Rockers go to Hell e os Los Ruines, dois grupos de puro rock'n'roll, agarrados a influências dos 50', 60' e 70'. Os primeiros são oriundos da Corunha e são praticamente os mesmos que deliciaram plateias com os potentes Ultracuerpos. Nos Rockers go to Hell o repertório é quase feito na sua plenitude de versões, trabalhadas com minúcia e qualidade e transpostas para palco com verdadeira classe, própria de elementos ligados à música desde há vários anos. Bem mais novos mas já com interessante currículo, os Los Ruines (Cerdido) dedicam atenção aos seus grupos favoritos e produzem um rock'n'roll fresco, onde misturam um punk selvagem a um garage mais ácido, que lhes tem valido primeiras partes com alguns grupos importantes que visitam a Galiza.

ALTO! em entrevista concedida pelo vocalista João Pimenta

Formados em 2008, os ALTO! passaram 2009 a tocar por várias salas do país e a mostrar uma energia contagiante. A novos desafios parecem lançados e no imediato já têm marcada uma entusiasmante incursão às Astúrias, para gravarem em analógico no afamado Circo Perrotti (Gijon) com Jorge Explosion. Os ALTO! são mais uma banda de Barcelos constituida pelo vocalista João Pimenta (Green Machine), pelo guitarrista Bruno Costa (Green Machine), pelo baixista Tiago Silva, pelo baterista Paulo Senra (Black Bombaim) e ainda Ricardo Miranda na guitarra e teclados. Fazem lembrar os Green Machine, compreende-se, mas não se ficam por aí. Rock'n'roll com atitude, com graça nas letras e com muito sentimento punk em palco.



















Razões que levaram à formação deste projecto,mais um entre tantos em Barcelos, e com elementos envolvidos noutras bandas activas, tais como Black Bombaim e Green Machine?

Principalmente o desemprego de todos os elementos. Horas roubadas aos programas da tarde, às conversas sobre nada e ao aborrecimento em si. E acima de tudo o gostar de fazer música que também nós gostássemos de ouvir. É só isso.


O que de diferente representam os ALTO!, levando em comparação com a altura na qual iniciaram os Green Machine, isto porque surgem algumas semelhanças entre os grupos?

A banda não foi formada pelo objectivo de ser diferente mas pelas razões expostas na resposta à pergunta anterior.


Os ALTO! começam com um disco que é uma homenagem ao Ron Ahston, falecido guitarrista dos Stooges. Em que territórios andam as vossas influências e que grupos podem ser citados como importantes naquilo que vocês fazem?

Somos uma banda de rock portanto as influências andam em campos directamente ligados a ele. Os elementos podem ser encontrados dentro da nossa carrinha quando vamos a caminho de um concerto a cantar em uníssono Quadrilha, Slayer ou Fu Manchu. Se alguma dessas bandas é uma influência directa? Claro que sim. Assim como é mais um milhão de bandas. Mas sinceramente quando estamos a compor não temos fantasmas de nenhuns grupos a assombrar a nossa querida sala de ensaios. Só o fantasma do John Bonham que nos traz cervejas e cenas que fazem rir.

Os ALTO! parecem estar a ter um crescimento rápido com o lançamento recente deste disco -"See you in hell Ron!». Qual o feedback que vocês tem extraído das actuações?

Demos cerca de 23 concertos em 2009. Tendo em conta que a banda foi formada no Outono de 2008 e que lançou um ep pela Lovers and Lollypops em Março deste último ano, penso que as reacções têm sido bastante boas. Acho que nem nós esperávamos dar assim tantos concertos especialmente numa altura como estas em que há mais salas a fechar ou a apostar noutro tipo de programação. E isso sucede em meios mais pequenos onde os organizadores locais são autênticos moicanos, últimos de uma tribo. Nós por exemplo tocamos em todo o litoral português: Porto, Aveiro, Leiria, Lisboa, Alcobaça, Barreiro, Barcelos, etc. mas tivemos muita dificuldade em tocar no interior que era algo que queríamos fazer, apenas conseguimos Portalegre e Beja. Pelo meio fizemos uma tour pela Andaluzia para nos dar um pequeno cheiro do que é tocar fora do país já que é algo que queremos repetir mais vezes. As reacções têm sido muito boas, normalmente temos de estar sempre a pedir ao Fua, o nosso manager, mais cdrs ( já que esta edição é DIY e não de fábrica ) o que só prova que temos tido um bom feedback.



De 2009 para 2010 que avanços vocês perspectivam e que novidades vão ser apresentadas, sendo que já está mesmo a chegar um retiro em Gijon para gravarem no Circo Perroti?

Para já vamos gravar no Circo Perroti em Gijon para lançamento em vinil de um 7 polegadas. Após o lançamento queremos partir para a estrada e tocar em todos os sítios estranhos que nos lembrarmos. É sempre muito mais agradável tocar para pessoas que não estão habituadas a ver muitos concertos. Têm sempre reacções mais genuínas. Queremos também promover esta gravação lá fora de todas as formas possíveis.

O que esperam desse passo em termos de som, já que vão gravar num local que tem sido escolhido por imensos grupos de garage de todo o mundo e conhecido pelo uso de instrumentos verdadeiramente retro? Entre alguns grupos, estou mesmo a lembrar-me dos Cynics.

Sabemos que é um estúdio com material analógico, a maior parte dele da altura dos 60s e queremos tirar o máximo proveito disso já que vamos gravar com o material do estúdio como amplificadores e instrumentos. A passagem para fita da nossa música será algo de novo para todos nós e especial porque muitos de nós da banda ouvimos bandas que gravam dessa forma. Não tenho nada contra a gravação digital, praticamente fiz todas as gravações da minha carreira como músico até agora dessa forma, mas sem dúvida que o analógico tem outro calor e será algo para o qual estamos todos bastantes expectantes.



O acesso ao mercado espanhol, sem esquecer com alguma particularidade a Galiza, pode de certo modo ser facilitado por aqui? A Mondo Sonoro pelo menos já começou a escrever umas coisas. Pretendem circular muito pelo país vizinho?

Não sei se será facilitado por aí. Sim, algo que queremos muito é tocar não só por Espanha como por toda a Europa Ocidental nas chamadas Tours de feriados que poderão surgir. Pelo facto dos elementos trabalharem e estudarem é impossível também pelas condições vivermos só da banda, mas queremos aproveitar o máximo possível as oportunidades que nos irão surgindo.

E para terminar uma explicação para o nome do grupo?

É só porque nos ensaios tocamos num nível sonoro estupidamente alto. E também é um bom aviso para técnicos de som. Não há nada pior que uma banda de rock a bombar largo com um nível sonoro baixo. E também porque estamos surdos e se não soar alto a gente não se consegue ouvir.

6 de janeiro de 2010

Agenda I Wanna Management



A promotora galega, dirigida por Pepe, uma das mais activas em Espanha e responsável pela contratação de uma série de bandas de invejável reputação no mundo, entra em 2010 com uma série de propostas apelativas em cartaz, o que é uma marca habitual sua de inestimável apreço para todos os fiéis do rock'n'roll, do powerpop ou do surf/garage, estilos dominantes no trabalho da I Wanna Management. Tendo acção repartida entre Ferrol e Madrid, esta promotora leva vários anos a acumular créditos, assegurando digressões sucessivas de grupos muito requisitados por todo o território espanhol.



Em 2010 e, a juntar aos espectáculos dos espanhóis Los Coronas, uma grandíssima banda de surf que conta com elementos dos Sex Museum e que vai actuar proximamente em Palma de Maiorca (9), Cadiz (14), Ceuta (15) e Sevilha (16), a maior aposta, que já vem sendo difundida desde há vários meses assenta no nome de Daddy O Grande & Twin Tones. Falamos de um destacado elemento dos Straitjackets, grupo inconfundível e cimeiro da cena surf, formado em 1988. Neste projecto, acompanhado dos Twin Tones, Daddy o Grande vai passar por inúmeras salas espanholas, incluindo passagens por Vigo e Compostela.
Aqui fica a informação completa da gira:

- 21 de Janeiro. León. Universidad de León.
- 22 de Janeiro. Madrid. Sala La Boite.
- 23 de Janeiro. Valencia. Sala Wah Wah.
- 25 de Janeiro. Liérganes. Los Picos.
- 26 de Janeiro. Ponferrada. El Cocodrilo Negro.
- 27 de Janeiro. Vigo. La Fábrica de Chocolate Club.
- 28 de Janeiro. Santiago DC. Sala Nasa.
- 29 de Janeiro. Andoain. Auditorio.
- 30 de Janeiro. Gijón. Sala Acapulco.

www.myspace.com/daddyogrande

5 de janeiro de 2010

Segundas de rock em Coimbra



Ontem, segunda-feira (dia 5 de Janeiro) aconteceu mais uma das sessões especiais de rock'n'roll às segundas em Coimbra. Não se trata da primeira ou da última do mês. É hábito semanal. O Via Latina é a discoteca que vira bar, Somália (Dj Boy a Named Sue) é o dj residente e a festa prolonga-se até altas horas, servida com muito rock, garage e punk. Os preços são convidativos, a prática regular, o que tem ajudado a cimentar uma excelente afluência. Se o fim-de-semana é forte em propostas e o domingo significa descanso na maior parte dos casos, o começo de semana é logo temperado com muita e boa música e consequente agitação de pista. As segundas de 'This is Rock'n'Roll' no Via Latina permitem-te aquecer a bom ritmo e com apelativo cartaz alcoólico: 8 finos (5 euros), 3 whiskys (6 euros) e 3 vodkas (6 euros). Aperece e desfrutarás de Cramps, Sonics ou Gories, entre outros...

Eskizofrenicos em Ribeirão



O Ribba Café, localizado em Ribeirão (concelho de Famalicão) continua em alta na promoção de concertos, que tem vindo a realizar semanalmente. A aposta em grupos de rock e punk tem sido dominante e facilmente explicada pela tradição reinante naquelas bandas, de onde saíram grupos como Alison Bentley ou Alkaoticos. Debaixo da tutela do amigo Eduardo (Punk & Destroy) a dinâmica de concertos parece assegurada e 2010 promete ser ano de muitos e bons concertos em Ribeirão. Para começar, já no próximo sábado (dia 9) vão estar em palco os Eskizofrenicos e os Trashbaile, duas bandas do Porto. Os primeiros são fiéis ao punk na sua raiz, enquanto os segundos fazem uma espécie de fusão entre o hardcore e o alternativo. As duas bandas voltam a juntar-se no final do mês (dia 30) na Casa Viva (Porto).DJ Ed é o responsável pelas escolhas musicais logo após as actuações.

Like a Rolling Stone by Soup Greens



Versão deliciosa de um tema mítico de Bob Dylan. 'Like a Rolling Stone' foi também música tratada pelos Rolling Stones e por Jimi Hendrix. Esta é uma versão de um grupo garage dos anos 60 - Soup Greens - que deixaram repertório curto mas bem interessante, recuperado através de várias compilações como Pebbles ou Trash Box: Wild Psychotic Garage Punk. É nestas duas, em particular, que se pode encontrar Like a Rolling Stone, música que Dylan integrou no seu influente álbum Highway 61 Revisited.

3 de janeiro de 2010

Festa de aniversário com Thee Chargers no Armazém do Chá













O surf rock, essencialmente instrumental, dos Thee Chargers, grupo que se reuniu o ano passado, vai voltar a subir a palco no Porto já esta sexta-feira (dia 8), após ter tido a última actuação no Porto-Rio numa data da Cooperativa dos Otários, que serviu para abrir cerimónias antes do concerto dos Black Diamond Heavies. Xinas (guitarra), Óscar (guitarra), Ângelo (baixo) e Nuno (bateria) formam a banda, que cumpriu as primeiras partes de Fuzztones ou Staggers em 2009. Entre versões e originais, os Thee Chargers sabem como agitar a plateia e, por norma, apresentam-se em palco com máscaras mexicanas e outros acessórios, além de umas fatiotas janotas, a remeterem-nos para marcadas influências dos grandiosos Straitjackets. Esta grande noite permitirá ainda celebrar o aniversário do Dj Ignition, que partilhará a cabine de som com DJ El Cisco Loco.

2 de janeiro de 2010

Fantasporto oficializa primeiros filmes



O Fantasporto atinge em 2010 extraordinária longevidade e uma marca de enorme orgulho. Vem aí a 30ª edição do Festival Internacional de Cinema do Porto, no Teatro Rivoli, que deve constar de qualquer agenda entre 26 de Fevereiro e 7 de Março. O cinema fantástico, o gore, o asiático e muitas outras obras de autor figuram numa programação, que começa a revelar nomes e a atrair expectativas. 'Solomon Kane' é o filme destacado para a sessão de abertura, que será realizada a 26 Fevereiro. Uma superprodução, cuja realização pertence a Michael J. Basset, aclamado realizador de Deathwatch. Uma emocionante aventura onde o herói da história vende a alma ao diabo e como castigo dos seus pecados tem de salvar o reino do seu pai. Assegurado está já também o cartaz de encerramento do festival com 'The Crazies', uma homenagem de Breck Eisner ao sensacional George Romero, autor em 1973 de um filme com o mesmo nome e de outras obras marcantes como 'The Zombies' e ' A Noite dos Mortos Vivos'. Do elenco fazem parte Penélope Cruz e Mathhew McConaughey.
Na 3oª edição do Fantasporto estão ainda certas uma homenagem muito completa ao melhor cinema francês (Besson, Godard, Renoir Resnais) e uma retrospectiva de cinema e robótica. Consagrados no Fantas, Vincenzo Natali, premiado com Cubo, Cypher e Nothing, Jaume Balagueró e Paco Plaza, que dividiram autoria de 'REC', são realizadores convocados para estar no Porto.